Reuters
LONDRES - Com inflação anual de quase 18% no mês passado, o líder do Kremlin reconheceu que 2022 será um ano "difícil" para a economia russa.
Presidente russo, Vladimir Putin © Reuters/SPUTNIK |
"Quando eu digo 'difícil', não significa que todas essas dificuldades estejam conectadas à operação militar especial", disse Putin em uma reunião televisionada do Conselho de Estado em Moscou.
"Pois em países que não estão realizando operações -- por exemplo na América do Norte, na Europa -- a inflação é comparável e, se você olhar para a estrutura de suas economias, até maior do que a nossa".
Os comentários de Putin ignoram o fato de que a crescente inflação recentes em vários países é, em parte, uma consequência direta da guerra russa na Ucrânia, que impulsionou os preços de energia e alimentos no mundo todo.
O aumento nas aposentadorias entra em vigor a partir de 1º de junho, enquanto o aumento no salário mínimo passa a valer em 1° de julho. Analistas dizem que as medidas não impedirão uma queda brusca nas rendas reais.
Putin -- cuja taxa de aprovação saltou mais de 10 pontos percentuais desde o início da guerra, para 82%, de acordo com pesquisa do Centro independente Levada -- prometeu em março reduzir a pobreza e a desigualdade neste ano apesar das sanções ocidentais paralisantes e da alta inflação.