Izvestia
Se a Finlândia e a Suécia se juntarem à OTAN, os Estados Unidos não aumentarão o número de suas tropas nesses países. Isto foi declarado pelo comandante do exército americano na Europa e áfrica, general Christopher Cavoli. Suas palavras em 26 de maio são relatadas pela Associated Press.
Foto: Global Look Press/Xinhua/ZUMAPRESS.com |
O general americano em uma audiência no Senado confirmou que a atenção das estruturas militares provavelmente continuará a ser direcionada para a Europa Oriental. Ele explicou que é nesta região que os países estão preocupados com a "potencial agressão russa" e as consequências do conflito na Ucrânia.
"O centro de gravidade das forças da OTAN mudou para o leste. Dependendo do resultado do conflito, talvez tenhamos que nos ater a isso por algum tempo", disse ele.
Além disso, Cavoli comentou sobre a presença de tropas americanas na Europa, que cresceu de menos de 80.000 para cerca de 102.000 nos últimos meses.
Ele disse que o aumento não estava relacionado a um movimento mais recente da Finlândia e da Suécia em relação à adesão à OTAN.
Ao mesmo tempo, como enfatizou o general, os Estados Unidos devem ter cuidado para que suas ações na Europa não agravem as relações com a Rússia e não levem a uma expansão do conflito.
Mais cedo, em 24 de maio, o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, disse que a Rússia perceberia a expansão da infraestrutura militar da OTAN na Finlândia e na Suécia como uma ameaça e seria obrigada a responder.
Em 18 de maio, a Suécia e a Finlândia formalmente solicitaram a adesão à OTAN. Os embaixadores dos dois países os entregaram ao secretário-geral da Aliança do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, na sede em Bruxelas. Segundo o secretário-geral, a aliança está contando com passos rápidos para formalizar a adesão desses países ao bloco.
O Ministério das Relações Exteriores russo reagiu criticamente à declaração das autoridades da Finlândia e da Suécia sobre os planos de adesão à aliança, observando que desta forma a segurança desses países não será garantida. O presidente russo Vladimir Putin, em 16 de maio, durante a cúpula de aniversário da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, observou que a expansão da OTAN é artificial.