Sputnik
"Os americanos tentaram, após o lançamento do alegado míssil balístico intercontinental, aprovar uma nova resolução. Nós e a China dissemos claramente que agora o tempo da pressão sancionatória já passou. Ora, deem alguns passos em frente", insistiu Pyotr Ilyichev.
© AP Photo / Andrew Harnik |
Ele chamou a atenção para o fato de a Coreia do Norte "estar sendo acusada de estar constantemente aperfeiçoando suas armas, mas vejam, a partir de 2018 não houve testes nem do armamento nuclear nem de mísseis. E o que o mundo respondeu? Nada", constatou o diplomata russo.
Nesta quarta-feira (3), a Coreia do Norte teria disparado um projétil não identificado em direção ao mar do Japão (também conhecido como mar do Leste), segundo divulgou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O lançamento provavelmente teria sido de um míssil balístico intercontinental. Esse foi o 14º teste de armas da Coreia do Norte registrado em 2022. O teste mais recente ocorreu em 16 de abril, quando uma arma tática foi testada.
Nesse contexto a Rússia, porém, não acha que em meio ao aumento de frequência de lançamentos de mísseis por Pyongyang a situação na península Coreana possa sair fora do controle, disse o diplomata russo.
"A situação não está saindo fora do controle, mas lamentavelmente se mantém a triste tendência de os EUA e os países ocidentais decidirem por meio de pressão forçar a liderança norte-coreana a mudar sua política. Mas isso não funcionará", sublinhou.
Ao responder se é possível acontecerem confrontos não intencionais na região, o diplomata afirmou: "Não queria acreditar nisso, não acho que isso seja possível agora".