France Presse
Em um discurso proferido em Londres no dia em que a Rússia celebra com grande pompa a vitória contra a Alemanha nazista em 1945, Wallace acusou o presidente russo de usar esse aniversário para encobrir seus erros na Ucrânia.
Em um discurso proferido em Londres no dia em que a Rússia celebra com grande pompa a vitória contra a Alemanha nazista em 1945, Wallace acusou o presidente russo de usar esse aniversário para encobrir seus erros na Ucrânia.
Ministro britânico da Defesa, Ben Wallace © Daniel MIHAILESCU |
Sua resposta aos fracassos no terreno tem sido uma "vergonhosa demonstração de autopreservação, unida ao fracasso, à ira, à desonestidade e à busca de bodes expiatórios", criticou.
"Com sua invasão da Ucrânia, Putin, seu círculo íntimo e seus generais refletem o fascismo e a tirania de 77 anos atrás, repetindo os erros dos regimes totalitários do século passado", ressaltou.
"Mostram o mesmo desprezo pela vida humana, pela soberania nacional e pelo sistema internacional baseado em regras", insistiu.
O presidente russo se esforça para apresentar a invasão da Ucrânia como uma sequela da Segunda Guerra Mundial e, hoje, voltou a acusar este país de neonazismo durante as comemorações da vitória de 1945.
Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, também nesta segunda, que seu país não se permitiria "se apropriar da vitória sobre o nazismo".
Para o ministro Wallace, os generais russos “não estão apenas participando de uma invasão ilegal e de crimes de guerra, mas (...) falharam com seus próprios soldados ao ponto de que deveriam ser submetidos a um conselho de guerra".
Ele denunciou ainda "que os generais russos - resplandecentes em seus uniformes de desfile, carregados com suas inúmeras medalhas - são cúmplices do desvio, por parte de Putin, da orgulhosa história de seus antepassados".
"Em vez disso, agora são eles que infligem um sofrimento desnecessário a serviço do gangsterismo de baixo nível", completou o ministro britânico.
"Para eles, e para Putin, não pode haver dia da vitória, mas de desonra e, certamente, de derrota na Ucrânia", concluiu.