O presidente francês, Emmanuel Macron, teve uma longa conversa telefônica com o líder russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (3). O representante de Paris pediu que o complexo metalúrgico de Azovsal possa ser evacuado. Mas Putin se mostrou inflexível e disse que os países ocidentais devem parar de fornecer armas para Kiev.
RFI
Durante mais de 2 horas Macron tentou convencer Putin a aceitar a retirada das pessoas que permanecem na usina de Azovstal, último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária do sul de Donbass, região totalmente controlada por forças russas.
O presidente francês disse que essa retirada deve ser efetuada "de forma coordenada com os serviços humanitários e possibilitando que as pessoas escolham para onde querem ir, como manda o direito internacional humanitário". A conversa aconteceu no momento em que o exército russo lançava mais uma ofensiva contra a usina.
Essa foi a primeira discussão telefônica entre os dois chefes de Estado desde 29 de março e a descoberta do massacre de Bucha, episódio duramente criticado pelo presidente francês e boa parte da comunidade internacional. Macron também conversou com telefone no sábado (1°) com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Macron “exprimiu novamente sua profunda preocupação com Mariupol e a situação no Donbass”, informou o Palácio do Eliseu. Segundo Paris, o presidente insistiu novamente na necessidade de um cessar-fogo e se disse disposto a “atuar por uma solução negociada visando permitir a paz e o respeito da soberania e da integridade territorial da Ucrânia".
Já o presidente russo disse que “o Ocidente poderia ajudar a parar com essas atrocidades exercendo uma influência apropriada sobre as autoridades de Kiev”. Putin disse ainda que os países ocidentais deveriam parar de fornecer armas para a Ucrânia, que ele acusa de “cometer crimes de guerra” que a União Europeia estaria “ignorando”.
Durante sua conversa com Zelensky no sábado, Macron, havia anunciado que pretende reforçar o envio de material militar e de ajuda humanitária para os ucranianos.
As relações entre Moscou e Paris estão tensas desde o início da ofensiva russa. Mas a França está à frente da presidência rotativa da União Europeia e, desde o início do conflito, Macron vem tentando encontrar uma saída para a crise, sem muito sucesso.
(Com informações da AFP)
RFI
Durante mais de 2 horas Macron tentou convencer Putin a aceitar a retirada das pessoas que permanecem na usina de Azovstal, último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária do sul de Donbass, região totalmente controlada por forças russas.
![]() |
Após discutir com Volodymyr Zelensky no fim de semana, Emmanuel Macron teve uma longa conversa telefônica com Vladimir Putin. REUTERS - SARAH MEYSSONNIER |
O presidente francês disse que essa retirada deve ser efetuada "de forma coordenada com os serviços humanitários e possibilitando que as pessoas escolham para onde querem ir, como manda o direito internacional humanitário". A conversa aconteceu no momento em que o exército russo lançava mais uma ofensiva contra a usina.
Essa foi a primeira discussão telefônica entre os dois chefes de Estado desde 29 de março e a descoberta do massacre de Bucha, episódio duramente criticado pelo presidente francês e boa parte da comunidade internacional. Macron também conversou com telefone no sábado (1°) com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Macron “exprimiu novamente sua profunda preocupação com Mariupol e a situação no Donbass”, informou o Palácio do Eliseu. Segundo Paris, o presidente insistiu novamente na necessidade de um cessar-fogo e se disse disposto a “atuar por uma solução negociada visando permitir a paz e o respeito da soberania e da integridade territorial da Ucrânia".
Já o presidente russo disse que “o Ocidente poderia ajudar a parar com essas atrocidades exercendo uma influência apropriada sobre as autoridades de Kiev”. Putin disse ainda que os países ocidentais deveriam parar de fornecer armas para a Ucrânia, que ele acusa de “cometer crimes de guerra” que a União Europeia estaria “ignorando”.
Durante sua conversa com Zelensky no sábado, Macron, havia anunciado que pretende reforçar o envio de material militar e de ajuda humanitária para os ucranianos.
As relações entre Moscou e Paris estão tensas desde o início da ofensiva russa. Mas a França está à frente da presidência rotativa da União Europeia e, desde o início do conflito, Macron vem tentando encontrar uma saída para a crise, sem muito sucesso.
(Com informações da AFP)