Jonathan Karter e Gabriela Oliva | Poder 360
O pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se eleito em 2022, sucateará as Forças Armadas e mandará retirar os militares dos cargos que ocupam atualmente no governo, disse ao Poder360 o deputado Capitão Augusto, líder da Bancada da Bala e vice-presidente do PL (Partido Liberal).
“Ele [Lula] vai retaliar as Forças Armadas por esse período que o presidente Bolsonaro esteve no poder. Mais do que isso, acredito também que ele deve voltar os canhões para as polícias militares e os bombeiros militares pelo simples fato de serem também militares. […] A retaliação é dada como certa”, afirmou.
Apesar dos comentários, o deputado diz achar “quase que impossível o Lula se eleger”. Segundo ele, o 2º turno “com certeza” será entre o petista e Jair Bolsonaro. As declarações foram dadas em entrevista ao PoderDataCast.
Pesquisa PoderData realizada de 24 a 26 de abril de 2022 mostra Lula e Bolsonaro na liderança das intenções de votos para as eleições gerais de outubro. O pré-candidato petista tem 41%, contra 36% do atual presidente.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 24 a 26 de abril de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.000 entrevistas em 283 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-07167/2022.
Ao comentar sobre a participação de militares na política, Capitão Augusto criticou o trecho do novo Código Eleitoral que prevê quarentena de 4 anos para militares disputarem as eleições. Segundo ele, trata-se de “uma aberração, um absurdo”. E completa: “Nós vamos tentar derrubar no próximo mandato”.
DITADURA NO BRASIL
Capitão Augusto avalia que não houve violência institucional durante a ditadura militar (1964-1985). Afirma que os casos “isolados” ocorreram sem a orientação institucional do Estado.
“Não houve nenhum tipo de violência, nada, e depois os militares devolveram voluntariamente o poder para os civis. Lógico, que no meio de 20 anos, há episódios pontuais que acabaram ocorrendo. Mas não há como falar que eram atos endossados pelo governo militar”, afirmou.
O deputado fez as declarações enquanto comentava os áudios gravados pelo STM (Superior Tribunal Militar) com supostas provas de atos de tortura praticados pelos durante o regime militar. As gravações foram inicialmente divulgadas pela jornalista Miriam Leitão. O Poder360 também divulgou o conteúdo (leia aqui).
“[…] A ditadura da Argentina, em 8 anos, matou mais de 5.000 pessoas. No Brasil, em 20 anos, foram menos de 300 desaparecidos políticos”, disse.
Os dados apresentados pelo deputado destoam daqueles confirmados por comissões que investigaram a violência nesses períodos.
Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, foram 434 os mortos e desaparecidos de 1964 a 1985. O documento afirma que as violações registradas e comprovadas resultaram “da ação generalizada e sistemática do Estado brasileiro” e que a repressão foi “concebida e implementada a partir de decisões emanadas da Presidência da República e dos ministérios militares”.
Na ditadura argentina, o governo local divulgou em 2016 que, pelo menos, 8.571 pessoas foram assassinadas ou desaparecerem pela ação de agentes do Estado durante o regime que durou de 1976 a 1983. Diversas organizações, como a Avós das Praças de Maio, discordam do número e afirmam que pelo menos 30.000 pessoas desapareceram no período.
GENERAL SANTOS CRUZ
O deputado bolsonarista afirmou que o ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos) teve “postura ingrata”, mas diz não se opor a uma possível candidatura do militar à Presidência da República. A possibilidade é aventada por integrantes de seu partido.
“Nós, militares, não concordamos com a ingratidão. Ele esteve no governo, saiu do governo, tem todo direito de se candidatar, sem problema nenhum, agora o que não dá para concordar é ele ter essa postura de ingrato”, afirmou.
Carlos Alberto dos Santos Cruz foi ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro por 6 meses. Depois de deixar a equipe, tem feito críticas à gestão federal.
O pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se eleito em 2022, sucateará as Forças Armadas e mandará retirar os militares dos cargos que ocupam atualmente no governo, disse ao Poder360 o deputado Capitão Augusto, líder da Bancada da Bala e vice-presidente do PL (Partido Liberal).
Sérgio Lima/Poder360 |
“Ele [Lula] vai retaliar as Forças Armadas por esse período que o presidente Bolsonaro esteve no poder. Mais do que isso, acredito também que ele deve voltar os canhões para as polícias militares e os bombeiros militares pelo simples fato de serem também militares. […] A retaliação é dada como certa”, afirmou.
Apesar dos comentários, o deputado diz achar “quase que impossível o Lula se eleger”. Segundo ele, o 2º turno “com certeza” será entre o petista e Jair Bolsonaro. As declarações foram dadas em entrevista ao PoderDataCast.
Pesquisa PoderData realizada de 24 a 26 de abril de 2022 mostra Lula e Bolsonaro na liderança das intenções de votos para as eleições gerais de outubro. O pré-candidato petista tem 41%, contra 36% do atual presidente.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 24 a 26 de abril de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.000 entrevistas em 283 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-07167/2022.
Ao comentar sobre a participação de militares na política, Capitão Augusto criticou o trecho do novo Código Eleitoral que prevê quarentena de 4 anos para militares disputarem as eleições. Segundo ele, trata-se de “uma aberração, um absurdo”. E completa: “Nós vamos tentar derrubar no próximo mandato”.
DITADURA NO BRASIL
Capitão Augusto avalia que não houve violência institucional durante a ditadura militar (1964-1985). Afirma que os casos “isolados” ocorreram sem a orientação institucional do Estado.
“Não houve nenhum tipo de violência, nada, e depois os militares devolveram voluntariamente o poder para os civis. Lógico, que no meio de 20 anos, há episódios pontuais que acabaram ocorrendo. Mas não há como falar que eram atos endossados pelo governo militar”, afirmou.
O deputado fez as declarações enquanto comentava os áudios gravados pelo STM (Superior Tribunal Militar) com supostas provas de atos de tortura praticados pelos durante o regime militar. As gravações foram inicialmente divulgadas pela jornalista Miriam Leitão. O Poder360 também divulgou o conteúdo (leia aqui).
“[…] A ditadura da Argentina, em 8 anos, matou mais de 5.000 pessoas. No Brasil, em 20 anos, foram menos de 300 desaparecidos políticos”, disse.
Os dados apresentados pelo deputado destoam daqueles confirmados por comissões que investigaram a violência nesses períodos.
Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, foram 434 os mortos e desaparecidos de 1964 a 1985. O documento afirma que as violações registradas e comprovadas resultaram “da ação generalizada e sistemática do Estado brasileiro” e que a repressão foi “concebida e implementada a partir de decisões emanadas da Presidência da República e dos ministérios militares”.
Na ditadura argentina, o governo local divulgou em 2016 que, pelo menos, 8.571 pessoas foram assassinadas ou desaparecerem pela ação de agentes do Estado durante o regime que durou de 1976 a 1983. Diversas organizações, como a Avós das Praças de Maio, discordam do número e afirmam que pelo menos 30.000 pessoas desapareceram no período.
GENERAL SANTOS CRUZ
O deputado bolsonarista afirmou que o ex-ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos) teve “postura ingrata”, mas diz não se opor a uma possível candidatura do militar à Presidência da República. A possibilidade é aventada por integrantes de seu partido.
“Nós, militares, não concordamos com a ingratidão. Ele esteve no governo, saiu do governo, tem todo direito de se candidatar, sem problema nenhum, agora o que não dá para concordar é ele ter essa postura de ingrato”, afirmou.
Carlos Alberto dos Santos Cruz foi ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro por 6 meses. Depois de deixar a equipe, tem feito críticas à gestão federal.