Itália revelou os detalhes da nova estratégia da OTAN

Embaixador italiano Talo: China aparecerá na nova estratégia da OTAN e o status da Federação Russa mudará

Izvestia


O novo conceito estratégico da OTAN, que está programado para ser adotado na cúpula da aliança em Madri, em junho, incluirá a mudança de status da China e da Rússia. Em 29 de maio, o representante italiano da OTAN, Francesco Maria Talo, disse à agência Ansa.

Foto: Global Look Press/ZUMAPRESS.com/Wiktor Dabkowski

Segundo o embaixador italiano, Madri adotará um conceito que conduzirá a aliança até o século XXI, levando em conta todos os desafios atuais. Mudanças climáticas, ameaças cibernéticas, ameaças híbridas e novas tecnologias serão levadas em conta.

"Vamos mudar a atitude em relação à Rússia, que no último documento foi considerada parceira, e também introduzir a China, que ainda não figura na estratégia", ressaltou.

Como Talo concluiu, a Itália desempenhará um papel importante nas fronteiras sudeste da aliança.

Em 26 de maio, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a China está fazendo tentativas de controlar a infraestrutura crítica do Ocidente, por exemplo, as redes 5G.

No mesmo dia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que Stoltenberg vem "continuamente criticando e realizando ataques caluniosos à China há algum tempo, desafiando o sistema político, a política interna e externa da China".

Em 10 de abril, a edição chinesa da Xinhua informou que os Estados Unidos, juntamente com a OTAN, estavam jogando sorrateiramente a "carta chinesa" e tentando provocar Pequim. Segundo o autor do artigo, o lado americano está tentando difamar a RPC, exagerando a "ameaça chinesa" a fim de criar espaço para uma maior supressão do país.

Em março, Stoltenberg acusou a China de espalhar mentiras sobre a Ucrânia e a OTAN. Assim, Pequim deu apoio político à Rússia.

Em 17 de maio, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, lembrou que a OTAN sob a liderança dos Estados Unidos violou grosseiramente suas obrigações de não reforçar sua segurança em detrimento de outros. O resultado dessa linha de países ocidentais foi a "expansão desenfreada da Aliança do Atlântico Norte a leste".
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