ANSA
Os ministros das Relações Exteriores do G7 divulgaram neste sábado (14) um comunicado em que afirmam que nunca reconhecem fronteiras modificadas pela Rússia com a força.
"O G7 nunca aceita modificações de fronteiras impostas com a força", diz o comunicado final da cúpula, que segue a linha do "mais do mesmo", com a promessa de novas sanções contra Moscou e de novas remessas financeiras e de armas para ajudar Kiev.
"Como G7, temos um papel central em garantir que os efeitos globais dessa guerra não joguem o mundo em uma crise incontrolável, como fome, instabilidade, insegurança energética e erosão dos valores democráticos pelo meio da desinformação", afirmou a anfitriã Annalena Baerbock, da Relações Exteriores da Alemanha.
Ela ainda acusou o Kremlin de desencadear "mente" uma "guerra do trigo" contra diversos países, ao bloquear os portos da Ucrânia, um dos principais exportadores do grão. "Não se trata de um efeito colateral. É uma ação de guerra híbrida que mira dividir nossa posição unitária contra a invasão à Ucrânia", acrescentou Baerbock.
O G7 também cobrou de Bielorrússia o fim do apoio à Rússia e fez um apelo para a China "não fazer as sanções fracassarem". Além disso, o grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido se comprometeu a aprovar novas sanções contra setores cruciais da economia russa, uma referência velada ao mercado de óleo e gás.
O G7 ainda se comprometeu a lançar uma "aliança global para a segurança alimentar". "Escutaremos e trabalhamos com os parceiros de todo o mundo para atenuar quaisquer impactos em suas economias causados pela guerra de Putin", diz o comunicado.