Poder 360
A reportagem do jornal japonês, publicada na 5ª feira (19.mai.2022), afirma que a área onde as fotografias foram feitas é controlada por militares chineses. As imagens são de uma região deserta perto de Xinjiang, a cerca de 2.780 km de Pequim, no norte da China.
Para comparação: à esquerda, avião visto em Xinjiang, na China; à direita, avião japonês na base aérea de Hamamatsu, no Japão © Reprodução/Nikkei Asia |
Nas fotos, é possível ver uma estrutura em forma de avião, outras duas que parecem motores e um radar no formato de disco. O último elemento é uma característica de um modelo de avião de guerra japonês, que levantou suspeita sobre a construção da réplica.
O modelo de inspiração seria o E-767, da Boeing. Segundo o texto, com informações do Ministério da Defesa do Japão, só existem 4 desses aviões, sendo que todos estão na base aérea de Hamamatsu, a cerca de 250 km de Tóquio.
Em situações de conflito, o avião é usado para localizar e interceptar outras aeronaves que se encontrem em regiões mais afastadas.
Um ex-oficial das Forças japonesas – que pediu para não ser identificado – disse ao Nikkei Asia que o avião construído pelos chineses pode ser usado para simular ataques com mísseis do Japão.
OUTROS INCIDENTES
Anteriormente, um navio porta-aviões norte-americano e outra embarcação menor também foram fotografadas na mesma região da China. Os EUA vêm alertando para a expansão militar chinesa – incluindo armas nucleares – diante das tensões envolvendo o Mar do Sul da China.
Um teste feito pelo país asiático em agosto do ano passado com um míssil hipersônico de capacidade nuclear preocupou os norte-americanos. Esses mísseis podem carregar uma ogiva nuclear e são capazes de fazer uma trajetória baixa na atmosfera, atingindo os alvos de maneira mais rápida e eficaz.
O governo chinês negou as acusações.