RFI
A polícia israelense afirma que os manifestantes jogaram pedras e dispararam fogos de artifícios contra as forças de segurança. Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar a multidão. Dois manifestantes foram presos.
Entre os feridos, 22 pessoas tiveram de ser levadas ao hospital, mas nenhuma delas está em “estado grave”, de acordo com informação divulgada pelo grupo Crescente Vermelho Palestino.
Nas últimas duas semanas, confrontos violentos somaram mais de 250 palestinos feridos na região da Esplanada das Mesquitas.
A presença ostensiva de israelenses na Esplanada das Mesquitas, um dos principais locais de adoração da comunidade muçulmana, tem gerado preocupação durante todo o período do Ramadã. Na parte leste de Jerusalém e ocupado por Israel desde 1967, o local sagrado é administrado pela Jordânia, mas o acesso é controlado pelo governo israelense.
Israel, no entanto, argumenta que a ocupação policial era necessária para proteger a população dos grupos islâmicos Hamas e Jihad Islâmica. Para acalmar os ânimos, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, enfatizou nesta semana que o governo israelense se comprometia com a convenção que reserva aos muçulmanos o direito de rezar no lugar. Por essa convenção, os judeus não podem fazer suas preces no Monte do Templo, que é o nome dado pela religião judaica ao local.
Quatro ataques em Israel
Os confrontos do Ramadã neste ano acontecem em um momento de particular tensão em Israel. Desde final de março, houve quatro atentados no país que mataram 14 pessoas, incluindo um policial árabe-israelense e dois ucranianos.
Após esses ataques, o exército israelense realizou diversas operações na Cisjordânia, com vítimas fatais. Esses confrontos com as forças armadas e os atentados deixaram 26 palestinos e três árabes israelenses mortos.
A onda violência na região anexada por Israel aumenta o temor de que outro conflito armado tenha início na região. No ano passado, uma guerra de 11 dias entre Israel e o grupo militante Hamas foi desencadeada por tumultos semelhantes na Al-Aqsa.