ANSA
"O exército está pronto para realizar ataques de retaliação se a Rússia for atacada com armas ocidentais", informou o Ministério da Defesa de Moscou, citado pela agência Tass.
De acordo com a nota, "os ataques seriam proporcionais contra centros de tomada de decisão em Kiev, onde estão localizados conselheiros ocidentais", principalmente em decorrência das "tentativas de Londres de pressionar as autoridades ucranianas" para atacar a Rússia.
A declaração é dada no dia em que o Reino Unido incentivou a Ucrânia a atacar alvos em território russo e quando 40 países da Otan e aliados se reuniram na maior base americana na Europa, em Ramstein, onde o fornecimento de armamento é debatido.
Mais cedo, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, aliado de Vladimir Putin, declarou que as ações do Ocidente e de Kiev "podem levar à desintegração da Ucrânia em vários estados".
"Assim como nos últimos anos, hoje os cenários trágicos das crises globais estão sendo impostos por Washington", disse Patrushev ao jornal do governo Rossiskaia Gazeta, citado pela agência Interfax.
Em 24 de fevereiro, tropas russas invadiram a Ucrânia, desencadeando uma guerra na qual muitas pessoas, incluindo muitos civis, perderam suas vidas.
Ontem (25), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, elevou as tensões ao afirmar que vê um "risco real" de uma Terceira Guerra Mundial. "O perigo [de uma Terceira Guerra] é sério, real, e não devemos subestimá-lo", afirmou, em uma entrevista à TV estatal.
O chanceler justificou que o risco de uma nova guerra existe em decorrência das sanções sem precedentes aplicadas contra Moscou pelos países ocidentais e o crescente apoio militar de nações ocidentais à Ucrânia.