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"Com base no que aconteceu na Ucrânia, nós relatamos uma necessidade de aumentar a atividade aqui no país. Além disso, relatamos uma necessidade de reforçar a prontidão e fazer esse trabalho um pouco mais rápido do que planejado inicialmente", afirmou Lervik à emissora nacional NRK.
© Foto / OTAN / Forças Armadas da Noruega |
De acordo com o militar, a intensificação envolverá principalmente o norte da Noruega, especificamente o condado de Finnmark, incluindo a guarnição de Porsangmoen e a área de Kirkenes que faz fronteira com a região de Murmansk, na Rússia.
Alguns dos exercícios envolverão aliados no norte, já que este é um dos pontos mencionados pelo governo em sua proposta de aumentar as despesas de defesa do país em três bilhões de coroas norueguesas (US$ 320 milhões, ou R$ 1,6 bilhão), apresentada em março. Em 2020, os ministros da Defesa da Finlândia, Suécia e Noruega iniciaram uma cooperação militar formal para melhorar a relação.
Além do aumento da atividade dos exercícios, as Forças Armadas estão trabalhando para acumular seus estoques emergenciais de alimentos, combustível, peças sobressalentes e munição.
"Isso é o que estamos tentando fazer um pouco mais rápido do que o planejado, para ter uma melhor preparação", detalhou Lervik.
O ministro da Defesa, Bjorn Arild Gram, afirmou que é "natural" para a Noruega ser mais ativa no norte, citando o conflito "sério" na Europa, com grandes mudanças na situação de segurança em geral.
Desde o início da operação especial pela Rússia, a Ucrânia tem recebido grande quantidade de entregas de armas a partir dos países da OTAN e não só, que vão desde os seus vizinhos próximos a nações distantes como a Austrália e o Canadá.
Entretanto, as relações entre a Noruega e a Rússia, marcadas por séculos de cooperação a partir da era viking, deterioraram-se na última década em meio a acusações de espionagem, concentração militar no norte, interceptações de caças e a expulsão de diplomatas.