Sputnik
"Notifico minha intenção de designar a Colômbia como aliado importante fora da OTAN. Faço esta designação em reconhecimento da importância da relação entre os EUA e a Colômbia e das contribuições cruciais da Colômbia à segurança regional e internacional", escreveu Biden em carta enviada ao Capitólio.
Desta forma, os colombianos terão acesso ao material bélico norte-americano e receber empréstimos para obter equipamento militar e de pesquisa, bem como tecnologia espacial e participação em operações conjuntas com o Pentágono.
Os EUA já vinham apoiando a Colômbia há tempos, inclusive tentando usar o país em sua "luta" contra a Venezuela.
Recentemente, os norte-americanos enviaram 40 blindados à Colômbia, para "fortalecer suas capacidades operacionais" e "reforçar os laços de cooperação" entre os dois países.
Essa pode ser mais uma investida dos EUA em se aproximar e enviar armas para lutar contra a Venezuela, tal como tentou em um passado recente.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusou recentemente seu homólogo da Colômbia, Iván Duque, de planejar uma série de ataques contra seu país, durante um discurso no Primeiro Encontro Nacional de Ativistas do Movimento Somos Venezuela.
Em fevereiro de 2020, o presidente venezuelano acusou os EUA e a Colômbia de ordenarem um "ataque terrorista" contra um armazém de empresas de telecomunicações estatais no estado de Carabobo, no centro da Venezuela. Em outubro de 2020, Nicolás Maduro culpou Duque e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe por um ataque à refinaria de Amuay, no noroeste venezuelano, o que qualificou como parte de uma "guerra suja" e "desprezível" contra as "indústrias fundamentais" do país.
Já em março de 2021 o alto responsável da Venezuela pediu às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) para "ter cuidado" com operações realizadas na fronteira com a Colômbia contra grupos armados irregulares, declarando que Duque estava procurando gerar um conflito entre os dois países em aliança com o Comando Sul dos EUA.