Izvestia
"Esta é a nossa posição de princípio, nós procedemos a partir dela, e, claro, eu não gostaria muito que agora, quando os riscos são muito, muito significativos, eu não gostaria que esses riscos fossem artificialmente inflados, e há muitas pessoas que os querem. O perigo é grave, é real, não pode ser subestimado", disse o ministro.
Foto: RIA Novosti/Ministério da Defesa da Federação Russa |
Ele lembrou que, em janeiro, os "cinco" membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido) fizeram uma declaração sobre a inadmissibilidade da guerra nuclear.
Mais cedo, em 23 de abril, o chefe das tropas de radiação, proteção química e biológica das Forças Armadas da Federação Russa, Igor Kirillov, disse que a declaração do diretor da CIA William Burns sobre o suposto uso de armas nucleares táticas pela Rússia na Ucrânia é absurda.
De acordo com os militares, as autoridades americanas estão planejando provocações, o objetivo é acusar o exército russo de usar armas nucleares químicas, biológicas ou táticas.
Em 20 de abril, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, pediu às agências de aplicação da lei que avaliassem a disseminação de desinformação sobre o suposto possível uso de armas nucleares pela Rússia na Ucrânia.
Um dia antes, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que a Rússia não estava considerando a possibilidade de usar armas nucleares na Ucrânia. Estamos falando apenas de armas convencionais, ressaltou.
O ministro chamou a atenção para o fato de que a Rússia por muitas décadas invariavelmente se opôs ao uso de armas nucleares. Ele lembrou que, em 1987, os líderes da URSS e dos Estados Unidos assinaram uma declaração que falava sobre a impossibilidade de vencer uma guerra nuclear e a necessidade de impedi-la.
A Federação Russa continua uma operação especial para proteger o Donbass, o início do qual o presidente russo Vladimir Putin anunciou em 24 de fevereiro. Moscou explicou que as tarefas da operação especial incluem a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia. A decisão foi tomada tendo como pano de fundo o agravamento da situação no DPR e lPR como resultado de bombardeios por parte dos militares ucranianos.