Izvestia
A OTAN entra em uma guerra por procuração com a Rússia, fornecendo armas para a Ucrânia. Isso foi anunciado na sexta-feira, 25 de abril, pelo ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
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"Se a OTAN, de fato, entrar na guerra com a Rússia através de um proxy e armar este proxy - em guerra como na guerra", disse ele no programa "O Grande Jogo" no Primeiro Canal.
O chefe do Ministério das Relações Exteriores russo chamou o fornecimento de armas para Kiev de "um exemplo da inescrupulosidade dos americanos em termos de direito internacional". Ele observou que as armas ocidentais fornecidas à Ucrânia serão um alvo legítimo para os militares russos, que estão envolvidos em uma operação especial para proteger os Donbas.
No início do dia, um membro do Comitê Estadual de Assuntos Internacionais da Duma, Dmitry Belik, disse que a Rússia não abandona as tentativas de agir de forma diplomática, exigindo que os Estados Unidos parem de fornecer armas à Ucrânia.
Também na segunda-feira, o embaixador russo em Washington Anatoly Antonov disse que o fornecimento de armas dos EUA a Kiev por US$ 800 milhões "não contribui para a busca de uma solução diplomática".
Ao mesmo tempo, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que é difícil para os Estados Unidos rastrear o que está acontecendo com armas fornecidas à Ucrânia.
A Federação Russa condena o fornecimento de armas ao lado ucraniano. Em 15 de abril, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, confirmou que a Federação Russa havia enviado uma nota a todos os países, incluindo os Estados Unidos, por causa do fornecimento de armas à Ucrânia. Ao mesmo tempo, o Comitê de Investigação da Rússia informou ter recebido dados sobre o fornecimento de armas para a Ucrânia de 25 estados, dos quais 21 estão entre os países da OTAN. Ao mesmo tempo, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, observou que bombear o regime de Kiev com armas ocidentais é uma ação irresponsável e extremamente perigosa.
Os países ocidentais começaram a armar ativamente a Ucrânia no contexto da operação militar russa para proteger o Donbass, que o presidente russo Vladimir Putin anunciou em 24 de fevereiro. A decisão foi tomada tendo como pano de fundo o agravamento da situação no DPR e lPR como resultado de bombardeios por parte dos militares ucranianos.