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08 novembro 2021

Presos entre Polônia e Belarus, migrantes contam como sobrevivem ao fogo cruzado

Milhares de refugiados iraquianos, sírios, afegãos e iemenitas vagaram por uma floresta entre Belarus e a Polônia por semanas, em meio a chantagens organizadas pelo regime bielorrusso após as sanções europeias. Minsk permitiu que os refugiados cruzem a fronteira para a Europa. Acredita-se, no entanto, que pelo menos 10 deles tenham morrido na região, de acordo com Varsóvia, e outros migrantes acabaram decidindo voltar para casa após 18 dias na chamada "terra de ninguém".

Noé Pignède | RFI 


Os três refugiados sírios relataram à RFI que deixaram seu país em 15 de outubro. Por US$ 5.300, um contrabandista prometeu trazê-los para a Europa. Mas Mazen e seus amigos ficaram presos entre os soldados bielorrussos e o exército polonês.

Durante meses, os migrantes estiveram no centro das tensões entre a Polônia e Belarus, que os usa como retaliação após as sanções da União Europeia. Aqui, migrantes sírios caminham depois de cruzar a fronteira entre os dois países, perto de Lewosze, na Polônia, em 29 de outubro de 2021. © Kacper Pempel, Reuters

“O tom subiu entre os dois lados, eles estavam se insultando e gritando. Os militares bielorrussos dispararam balas perto de nós e para o ar. Então os soldados poloneses lançaram foguetes para o céu", conta.

"Nós pensamos que íamos morrer. Havia outros refugiados conosco, alguns estavam desmaiando. Estávamos segurando-os para que não se afogassem no rio onde estávamos", testemunhou Mazen.

Os três amigos sírios estavam com afegãos e iraquianos, além de famílias com crianças pequenas. Em Belarus, as autoridades prendem migrantes regularmente, antes de deslocá-los para campos improvisados ​​no meio de uma floresta.

“Bebemos a água dos pântanos para não morrer de sede: tínhamos que nos hidratar”, disse Abdallah, de 32 anos. "Comíamos grama, não tínhamos mais nada", denunciou.

Após 18 dias de inferno e muito debilitados, os três amigos conseguiram escapar do acampamento e deixar Belarus.

Eles agora esperam chegar ao Líbano e, em seguida, obter o status de refugiados em um país ocidental.

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