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No início desta semana, o Departamento de Defesa norte-americano apresentou um relatório no qual referiu que a China está expandindo sua força nuclear mais rapidamente do que as entidades oficiais dos EUA previam no ano passado. Segundo esse documento, o número de ogivas nucleares da China poderia aumentar até 700 em seis anos, com a possibilidade de chegar às mil em 2030.
Pentágono © REUTERS / Carlos Barria |
Porém, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, criticou a natureza dessa avaliação.
"[O relatório] ignora os fatos e está cheio de preconceitos, contesta a política de defesa nacional e a estratégia militar da China, fabrica a chamada 'ameaça nuclear chinesa' e critica a China injustificadamente por seu fortalecimento nuclear", declarou Wu em um comunicado do ministério.
De igual modo, a autoridade chinesa apontou que Washington tem contribuído bastante para desestabilizar a paz e segurança mundiais, através do fortalecimento de seu arsenal nuclear, operações cibernéticas, e acordos armamentistas, como o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês).
Wu Qian também sublinhou que os EUA fazem parte da aliança de segurança AUKUS - junto com o Reino Unido e a Austrália - que Pequim considera "irresponsável" e violadora dos princípios da não-proliferação nuclear.