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Em entrevista à CyberCon da C4ISRNET, o coronel Brian Russell, comandante do Grupo de Informação da II Força Expedicionária de Fuzileiros norte-americana, afirmou que os "fuzileiros cibernéticos" serão capazes de operar na linha de frente dos conflitos para "ajustar o software nos sensores e sistemas em tempo real".
Tal capacidade de reagir às necessidades tecnológicas da guerra no momento será projetada de modo a garantir que os militares possam "reprogramar" o equipamento de forma a "alcançar resultados operacionais", o que anteriormente seria mais difícil ou até impossível.
Russel explica que, quer a sociedade entenda ou não, todos os fuzileiros do país estão envolvidos nesse processo, e precisam ser preparados para as realidades de combate futuras.
"O melhor que posso fazer enquanto comandante [...] é dar-lhes missões: deixá-los operar no domínio cibernético, deixá-los desempenhar essas funções de influência, deixá-los fazer o que vieram fazer", declarou o coronel.
Apresentando o plano de integração desses soldados nas forças, Russell destacou como o Exército norte-americano planeja aproveitar "um bom número de fuzileiros que gostam de codificar em seu tempo livre" e têm as habilidades necessárias para isso.
O Comando Cibernético dos EUA foi estabelecido em 2010 com o objetivo de reforçar as capacidades de guerra tecnológica de Washington, com seu ramo dos Fuzileiros ligado a operações defensivas e ofensivas.
Atualmente, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA tem três batalhões de rede e três atividades de rede dedicadas aos esforços do Comando Cibernético, concentrando-se em uma variedade de ameaças ou maneiras de criar vantagens militares, dependendo de sua localização geográfica.
Nos últimos anos, os EUA têm buscado modernizar o comando em questão, melhorando sua capacidade de lidar com ataques cibernéticos e tentativas de interromper a conectividade on-line ou causar quedas de energia.