Izvestia
A cooperação política da Rússia com as novas autoridades do Afeganistão ainda não está em questão, o lado russo leva em conta as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o movimento talibã (está sob sanções por atividades terroristas). Na quinta-feira, 18 de novembro, disse a repórteres o embaixador russo em Cabul Dmitry Zhirnov.
Foto: REUTERS/Ali Khara |
"Com o Serviço Estrangeiro afegão, estamos resolvendo toda a gama de tarefas enfrentadas pela embaixada, incluindo aquelas relacionadas à proteção dos interesses dos cidadãos russos no Afeganistão. É claro que levamos em conta as sanções da ONU contra o Talibã", disse ele.
Segundo Zhirnov, a situação humanitária no Afeganistão é ruim, as pessoas são ameaçadas de fome. De acordo com as instruções do presidente russo Vladimir Putin, o Ministério da Defesa começou a fornecer ajuda humanitária, acrescentou o embaixador.
Em entrevista a Izvestia, Zhirnov disse que, no total, a Rússia fornecerá ao povo afegão 100 toneladas de ajuda humanitária.
Um dia antes, a chefe da missão de assistência da ONU no Afeganistão, Deborah Lyons, apontou que os talibãs estão se movendo para a formação de um governo inclusivo no Afeganistão, mas até agora em número insuficiente. Segundo ela, é necessário "continuar a pressão sobre esta questão".
Por sua vez, o representante permanente da Rússia na ONU Vasily Nebenzia em uma reunião do Conselho de Segurança disse que a ameaça da disseminação do terrorismo e das drogas do Afeganistão para os países vizinhos é real.
A situação no Afeganistão se agravou em maio de 2021 após o início da retirada das tropas americanas que estavam no país desde 2001. Membros do Talibã lançaram uma ofensiva contra as principais cidades do país e entraram em Cabul em 15 de agosto, anunciando o fim da guerra.