RFI
O debate acontece durante a quarta edição do Forum da Paz em Paris, cujo objetivo é oferecer a chefes de Estado, ONGs e empresas um espaço para debaterem os principais desafios mundiais.
Além do presidente francês, Emmanuel Macron, participam a chanceler alemã, Angela Merkel, o premiê italiano, Mario Draghi, e os líbios Mohamad Al-Manfi, presidente do Conselho Presidencial, e Abdelhamid Dbeibah, primeiro-ministro. O secretário-geral da ONU, Antonio Gutteres, participa por videoconferência.
Representantes da maioria dos países envolvidos na crise líbia ou na reestruturação do país, como a vice-presidente americana, Kamala Harris, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi, e o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, também estarão presentes na reunião em Paris.
“O objetivo dessa conferência internacional será proporcionar um apoio internacional à continuação da transição política engajada e comprometida com as eleições de acordo com o calendário proposto”, explicou o palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
Eleições em jogo
A eleição presidencial está prevista para 24 de dezembro e o pleito legislativo deve acontecer um mês depois.
O processo de reconciliação iniciado em 2020 pela comunidade internacional está perdendo força. Para evitar um novo conflito, como aconteceu após a votação de 2014, a comunidade internacional pretende exortar os líbios a se comprometerem com um voto transparente e o mais inclusivo possível.
“O principal objetivo de Emmanuel Macron é voltar à cena líbia e exercer uma mediação importante, após repetidos fracassos da diplomacia francesa”, declarou à RFI o cientista político Hasni Abidi.
Outro objetivo da conferência é envolver os países vizinhos e com presença no país. O Chade e o Níger, dois países vizinhos da Líbia que também enfrentam a instabilidade e a insegurança, foram convidados para o encontro. A Argélia enviou um representante, mas a Turquia recusou o convite, alegando como motivo a presença da Grécia.