France Presse
Desde outubro, essa coalizão informa quase diariamente sobre um elevado número de mortos entre os insurgentes, repelindo sua ofensiva contra a cidade de Marib, capital da província homônima e último bastião do governo no norte.
Membros das forças pró-governo do Iêmen lutam no sul da província de Marib |
Em contrapartida, os huthis, apoiados pelo Irã, raramente relatam suas baixas, que teriam passado de 3.700 nas últimas semanas, de acordo com a coalizão. A AFP não conseguiu verificar este balanço por meio de fontes independentes.
"Dezesseis veículos militares foram destruídos, e mais de 130 elementos terroristas, mortos", nos últimos ataques, anunciou a coalizão em um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial saudita SPA.
A agência informou também que as operações aconteceram nas províncias de Marib e de Al-Bayda.
Os huthis já haviam feito um grande esforço para tomar a cidade de Marib em fevereiro passado e retomaram sua ofensiva em setembro.
Confrontos também foram reportados em uma outra frente, na costa do Mar Vermelho no Iêmen, depois que as forças rebeldes huthis avançaram para o sul nos últimos dias.
Por um lado, a coalizão relatou, nesta terça-feira, que atacou quatro posições huthis ao longo da costa oeste do Mar Vermelho.
Por outro, um avanço dos huthis perto de um importante porto do Iêmen, localizado na província de Hodeida, no oeste do país, causou um revés saudita acompanhado pelo deslocamento de mais de 6.000 pessoas, segundo a ONU.
Na segunda-feira, a coalizão disse em um comunicado que a "redistribuição e o reposicionamento", na semana passada, de suas tropas junto com as das forças do governo foram planejadas "para apoiar o governo iemenita em sua luta em todas as frentes em nível nacional".
A guerra civil do Iêmen começou em 2014, quando os rebeldes huthis tomaram a capital do território, Sanaa. Um ano depois, as forças lideradas pelos sauditas decidiram intervir, em apoio ao governo reconhecido pela comunidade internacional.
O conflito deixou dezenas de milhares de mortos, em sua maioria civis, assim como milhões de deslocados, nesta que é considerada a pior crise humanitária do mundo pela ONU.