Izvestia
"O Ministério das Relações Exteriores do Reino do Bahrein convoca todos os cidadãos que estão atualmente no Líbano a deixar o país imediatamente, dada a deterioração da situação, que requer tomar todas as precauções", disse o ministério em uma publicação em seu site.
Foto: REUTERS/Issam Abdallah |
Em 29 de outubro, o Ministério das Relações Exteriores do Bahrein, seguindo a Arábia Saudita, exigiu que o embaixador libanês deixasse o reino dentro de 48 horas. Foi esclarecido que esta decisão está ligada a "declarações inaceitáveis e ofensivas feitas recentemente por autoridades libanesas". Como enfatizado no Ministério, a expulsão do Embaixador não afetará os cidadãos libaneses que vivem no Bahrein.
No mesmo dia, a Arábia Saudita anunciou a expulsão do embaixador libanês. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro libanês Najib Mikati expressou pesar pela decisão tomada pela Arábia Saudita e disse esperar que o reino reconsidere essa posição.
As tensões entre esses países surgiram em 27 de outubro após a publicação de trechos de uma entrevista com o ministro da Informação libanês Georg Kordahi, onde ele disse que as ações da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita no Iêmen são agressão, e os rebeldes houthi são forçados a se defender.
Como Mikati explicou anteriormente, Kordahi fez sua declaração antes mesmo de sua nomeação como ministro e "não representava a posição oficial do governo, especialmente no que diz respeito à questão iemenita e às relações entre o Líbano e os irmãos árabes".
Desde agosto de 2014, o Iêmen trava uma guerra civil entre as forças do governo e os houthis. Desde março de 2015, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita vem participando de hostilidades ao lado do governo reconhecido internacionalmente. Os acordos alcançados pelas partes para o conflito no final de 2018 nas negociações na Suécia não foram implementados.