Sarah Wu | Reuters
A probabilidade de uma guerra com a China no ano que vem é “muito baixa”, disse uma autoridade de segurança de alto escalão de Taiwan a parlamentares nesta quarta-feira em meio a tensões acentuadas entre Taipei e Pequim, que reivindica soberania sobre a ilha.
Chen Ming-tong, diretor-geral do Escritório Nacional de Segurança de Taiwan, durante evento em Taipei 01/07/2020 | REUTERS/Ann Wang |
Taiwan insiste que se defenderá se for atacada, mas quer manter a situação atual com a China, ainda que se queixe de incursões repetidas da Força Aérea chinesa em sua zona de identificação de defesa aérea.
“Acho que dentro de um ano, a probabilidade de uma guerra é muito baixa”, disse o diretor-geral do Escritório Nacional de Segurança, Chen Ming-tong, em uma reunião de um comitê parlamentar de defesa.
“Mas há muitas coisas que ainda precisam de atenção, que são os acontecimentos contingentes.”
No início deste mês, a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, disse que Taiwan não será forçada a se curvar à China, mas reiterou um desejo de paz e diálogo com Pequim.
Excetuando qualquer “acontecimento contingente”, disse Chen. Para ele, ao menos nos próximos dois ou três anos ou mais precisamente durante o mandato da presidente Tsai, “não haverá problema”, avalia.
Chen citou a pandemia de Covid-19 como exemplo de acontecimento inesperado que muda fundamentalmente a sociedade.
Também no início deste mês, a China realizou quatro dias consecutivos de incursões aéreas na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.