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"Foi uma proposta que só se faz uma vez. Eles perderam esta oportunidade", declarou Ryabkov nesta sexta-feira (1º) em um debate sobre a estabilidade estratégica e o controle de armamentos no Centro de Política de Segurança em Genebra.
Submarino da classe Collins movido a diesel e energia elétrica da Marinha Real da Austrália © AFP 2021 / PETER PARKS |
A proposta foi anunciada em outubro de 2020, quando Moscou e Washington estavam envolvidos em negociações sobre a prorrogação do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START) que visava reduzir para metade o número de lançadores de mísseis nucleares estratégicos e que foi estendido por mais cinco anos, sem se renegociar nenhum de seus termos.
Transferência de novos submarinos nucleares à Austrália é um desafio
Após a transferência de novos submarinos de propulsão nuclear pelos EUA a Camberra no âmbito da nova aliança de defesa AUKUS, a Austrália ficará no grupo de cinco países com tais armamentos, o que será um grande desafio para o regime de não proliferação de armas nucleares, comentou Ryabkov.
"Estamos preocupados, especialmente pelas declarações feitas por Londres no início deste ano relativamente às perspectivas de expansão dos arsenais nucleares. Bem como pela recente declaração dos EUA, Reino Unido e Austrália sobre desenvolvimento de uma parceria tecnologicamente avançada que permitirá à Austrália, após 18 meses de consultas e vários anos de esforço prático, receber um grande número de submarinos nucleares, fazendo com que ela [Austrália] fique entre os cinco países que têm tais capacidades. Este é um grande desafio para o regime internacional de não proliferação [de armas nucleares]", afirmou diplomara russo.
Após negociações secretas com os líderes do Reino Unido e dos EUA, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison anunciou que a primeira grande iniciativa da AUKUS será o desenvolvimento para Camberra de oito submarinos movidos a energia nuclear.