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No exercício estão envolvidas dezenas de aeronaves, incluindo caças com capacidade nuclear, aviões de combate, de reabastecimento e de reconhecimento, informa agência suíça STA.
O F-35A com o B61-12 “traz uma capacidade de nível estratégico totalmente nova”. |
Os detalhes das manobras são altamente secretos, mas uma análise das informações de voos conduzida por Hans Kristensen, especialista nuclear da Federação de Cientistas Americanos em Washington, EUA, concluiu que o exercício deste ano está sendo realizado no espaço aéreo sobre o território sul da Aliança.
Isto significa que, entre outras coisas, poderá ser treinado o uso de bombas nucleares americanas B61, que se acredita estarem armazenadas na base da Força Aérea italiana de Ghedi. Informa-se que os voos de treinamento serão realizados sem armas.
"O Steadfast Noon envolve voos de treinamento de caças de capacidade dupla [convencional e nuclear], bem como jatos convencionais apoiados por aeronaves de vigilância e reabastecimento. Não serão usadas armas reais de combate. Este exercício ajuda a garantir que a dissuasão nuclear da OTAN permanece segura, estável e eficaz", lê-se me comunicado da Aliança Atlântica.
A USAF armazena atualmente cerca de 100 bombas nucleares na Europa, contra 180 em 2010 e 480 em 2000. Na última década, a reestruturação e a incerteza sobre a Turquia reduziram o estoque. |
Ressalta-se que, nesta segunda-feira (18), na referida base aterrissou um avião de combate alemão Tornado, capaz de transportar armas nucleares.
A política nuclear da OTAN prevê que, em caso de emergência, os países-membros possam utilizar ogivas norte-americanas na Europa.
De acordo com relatos não confirmados, as armas nucleares estão armazenadas na Bélgica, Turquia, Países Baixos e Alemanha.