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De acordo com o relatório da ONU, a junta militar birmanesa tem perpetrado, desde o golpe de Fevereiro passado, "prováveis crimes contra a humanidade e crimes de guerra".
ONU acusa junta militar birmanesa de perpetrar, desde o golpe de Fevereiro passado, "prováveis crimes contra a humanidade e crimes de guerra". AP |
As acusações foram feitas pelo relator especial da ONU para os Direitos Humanos diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. Tom Andrews disse que a comunidade internacional deve estar preparada para mais atrocidades na antiga Birmânia.
O relator especial da ONU para os Direitos Humanos em Myanmar acusa a junta birmanesa de "reunir dezenas de milhares de soldados e armas pesadas" no norte do país, receando "prováveis crimes contra a humanidade e crimes de guerra".
Tom Andrews explicou que "essas táticas são uma recordação sinistra daquelas utilizadas pelas Forças Armadas antes dos ataques genocidas contra os Rohingya no estado de Bakhine em 2016 e 2017", acrescentando que recebeu informações de que um grande número de militares se estava a encaminhar para áreas remotas do norte e noroeste da Birmânia.
Esta semana, o exército, no poder desde o golpe de 1º de Fevereiro contra o governo civil de Aung San Suu Kyi, anunciou a libertação, por ocasião do festival budista de Thadingyut, de 5.636 pessoas presas durante as manifestações que abalaram o país após o golpe.
Mas, na sexta-feira, segundo uma organização não governamental, mais de 100 opositores foram novamente detidos.