Deutsch Welle
Doze países europeus pediram a Israel nesta quinta-feira (28/10) o cancelamento imediato dos planos de construção de mais de 3 mil casas em assentamentos na Cisjordânia ocupada.
Assentamentos na Cisjordânia são considerados ilegais pela lei internacional, afirmam países europeus |
Nesta quarta-feira, Israel realizou avanços para a construção de residências de colonos na região disputada, em uma medida amplamente criticada pelos palestinos.
O comitê de planejamento da administração civil – órgão que supervisiona assuntos civis nos territórios palestinos – deu a aprovação final para que 1,8 mil casas sejam erguidas, e aprovou inicialmente a construção de outras 1,344.
Após os Estados Unidos criticarem o plano israelense, as nações europeias fizeram o pedido através de uma declaração conjunta. Assinam o documento os ministros do Exterior da França, Alemanha, Bélgica, Espanha, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Itália, Noruega, Holanda, Polônia e Suécia.
"Instamos o governo de Israel a reverter sua decisão de avançar os planos de construção de aproximadamente 3 mil unidades em assentamentos na Cisjordânia”, diz o texto.
"Reiteramos nossa forte oposição a essa política de expansão de assentamentos ao longo dos territórios palestinos ocupados que violam leis internacionais e minam os esforços voltados para a solução de dois Estados.”
Cisjordânia abriga 450 mil colonos
Em torno de 450 mil colonos israelenses vivem em assentamentos na Cisjordânia, algo considerado ilegal pelas leis internacionais. Os palestinos reivindicam a posse do território para a criação de seu próprio estado no futuro.
As aprovações da administração civil vieram um dia depois de o governo americano criticar a política israelense de construir assentamentos. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que seu governo se opõe veementemente a novas construções na Cisjordânia.
"Pedimos às duas partes que evoluam com base nos passos tomados nos últimos meses para melhorar a cooperação e reduzir as tensões”, afirmaram as nações europeias.