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Um prestador de serviços de defesa está enfrentando acusações de ter pago subornos e defraudado a Marinha dos EUA em pelo menos US$ 50 milhões (R$ 268 milhões) na assistência a navios em portos estrangeiros, segundo registros da corte citados pelo jornal The Washington Post.
© REUTERS / Andrew Kelly |
O Departamento de Justiça norte-americano está tentando extraditar o contratado, Frank Rafaraci, diretor executivo da Multinational Logistics Services (MLS), de Malta, onde foi preso recentemente após uma operação internacional.
Desde 2010, a Marinha e as agências federais concederam à MLS aproximadamente US$ 1,3 bilhão (R$ 6,9 bilhões) em contratos para o reabastecimento e fornecimento de combustível de navios dos EUA no Oriente Médio, Ásia e outras regiões.
As autoridades federais seguem buscando a extradição de Rafaraci por suspeita de lavagem de dinheiro e suborno.
O mandado de prisão alega que ele se encontrou com um responsável da Marinha dos EUA não nomeado no Diplomat Hotel em Manama em agosto de 2015, onde entregou um envelope com US$ 20.000 (R$ 107.000) em dinheiro e disse ao oficial para "manter o bom trabalho". O mesmo fato se repetiu três anos depois em Miami, quando entregou outro envelope contendo US$ 13.500 (R$ 72.400) ao mesmo funcionário militar.
As acusações do caso Fat Leonard ocorreram em 2013, referindo que os oficiais da Marinha dos EUA teriam sido subornados com dinheiro, prostitutas, fartas refeições e outros benefícios em troca da permissão para cobrar mais pelos serviços portuários prestados à Marinha na Ásia.
Centenas de oficiais da Marinha dos EUA estão sob investigação e 27 pessoas já foram declaradas culpadas de corrupção em corte federal.