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Ontem (6), a aliança anunciou que decidiu privar os "oficiais de inteligência russos não declarados" de acreditação oficial perante a aliança e reduziu o número dos representantes da delegação russa para dez.
Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, fala na Universidade de Georgetown, EUA, em 5 de outubro de 2021 © AFP 2021 / WIN MCNAMEE |
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, explicou nesta quinta-feira (7) que a aliança teve que agir contra crescentes "atividades malignas", após ter expulsado membros da delegação de Moscou por suposta espionagem.
"A decisão de retirar a acreditação de oito membros da delegação russa na OTAN foi feita com base em dados de inteligência, porque eles são agentes da inteligência russa não declarados", disse Stoltenberg.
"Nós temos visto um aumento das atividades malignas russas, pelo menos na Europa, e por isso temos de agir", continuou.
O chefe da OTAN admitiu que a decisão de expulsar os representantes da Rússia não está "ligada a nenhum evento particular", mas não deu mais detalhes sobre a medida.
"Tal passo da aliança parece absolutamente absurdo em meio a suas declarações sobre a necessidade de conduzir um diálogo, de retomar as sessões do Conselho Rússia-OTAN e muitas outras que têm sido publicadas ultimamente", afirmou Maria Zakharova.
A representante oficial qualificou as acusações da aliança de "infundadas e hipócritas".
Conforme as palavras da representante oficial do MRE russo, "esse passo da OTAN surpreendeu, mas não foi inesperado. Ele surpreendeu pela sua grosseria, já que não houve nenhumas explicações oficiais dos motivos".
"Por que não foi uma surpresa? Porque o pessoal de nossa missão permanente já tinha sido reduzido em 2015 e em 2018. Trata-se de uma linha consistente da OTAN", ressaltou.