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17 outubro 2021

Combate 2.0: OTAN planeja usar 'guerra cognitiva' contra seus adversários

Nos últimos anos, várias nações ocidentais acusaram a Rússia, o Irã e a China de usarem as redes sociais para provocarem a discórdia em suas sociedades. O mesmo também se aplica às supostas interferências em eleições, mesmo que ainda não tenham sido apresentadas provas concretas.

Sputnik


Agora, aparentemente, também essas mesmas nações estão considerando desenvolver essa "arma" que tanto criticam para seu próprio proveito.

© Foto / Domínio público / Jan van de Vel

Parece que a OTAN está ponderando desenvolver um novo tipo de arma, uma que não precise de balas ou mísseis, mas que, teoricamente, possa perturbar sociedades perfeitamente estáveis.

Esta "arma", chamada "guerra cognitiva", foi descrita em um artigo realizado pela Universidade Johns Hopkins e pelo Colégio Imperial de Londres, e publicado no portal NATO Review, parte de uma série de artigos sobre como poderiam ser as futuras tecnologias da aliança.

Segundo os autores, a guerra cognitiva permitirá que uma sociedade inteira seja, efetivamente, subjugada sem o uso de força ou coerção. Ela pode ser limitada em termos de tempo e de alcance, podendo, por exemplo, enfrquecer as defesas de ator um inimigo em uma determinada região, ou até mesmo afetar uma nação por décadas, segundo os pesquisadores.

"Na guerra cognitiva, a mente humana se torna o campo de batalha. O objetivo não é mudar apenas o que as pessoas pensam, mas como elas pensam e agem. Conduzida com sucesso, ela [guerra cognitiva] molda e influencia crenças e comportamentos individuais e de grupos para favorecer os objetivos táticos ou estratégicos de um agressor. Em sua forma extrema, tem o potencial de fraturar e fragmentar uma sociedade inteira, de modo a que não haja mais a vontade coletiva de resistir às intenções de um adversário", conforme consta no artigo.

Tais resultados poderiam ser conseguidos através do uso de capacidades cibernéticas, de informação, psicológicas e de engenharia social. A abundância de smartphones, redes sociais e fontes de notícias digitais tornam esta estratégia relativamente fácil de executar.

No que toca às famosas "fake news", embora os pesquisadores admitam podem ser utilizadas para amplificar qualquer mensagem, elas não são absolutamente necessárias para a realização de uma guerra cognitiva. O uso inteligente de emoções na transmissão de mensagens, ou até mesmo em documentos oficiais cuidadosamente vazados, deverá ser o suficiente.

Os pesquisadores observaram que muitos fatores presentes nas sociedades modernas permitam o sucesso de tais táticas de guerra cognitiva. Eles explicam que hoje as pessoas reagem às notícias rapidamente e, como resultado, tanto a nível emocional como irracional, raramente tentam saber mais sobre o contexto delas. No final, as pessoas tendem a se unir em grupos com pensamentos e reações idênticos, e acabam isoladas em suas "bolhas". Graças a isso, suas reações podem ser manipuladas e os grupos destas "bolhas" podem ser colocados uns contra os outros.

Contudo, infelizmente para a OTAN, seus Estados-membros são exemplos de tais sociedades com grupos opostos. Por essa razão, a pesquisa aponta a necessidade de ser estabelecido um sistema que seja capaz de detectar e rastrear quaisquer campanhas de guerra cognitiva realizadas contra os membros da Aliança Atlântica.

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