Matheus Deccache | Veja
O Ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse ao Parlamento nesta quarta-feira, 6, que a China estará pronta para invadir totalmente a ilha até 2025. O comentário foi feito após os chineses intensificarem exercícios militares próximos ao território taiwanês ao longo do último final de semana.
No período de sexta a segunda, 149 aviões militares testaram o poder de reação de caças e sistemas da ilha ao se aproximarem de sua Zona de Identificação de Defesa Aérea, em um movimento definido pelos Estados Unidos como uma “atividade provocativa”.
Esse tipo de incursão militar na região não é novidade, porém a intensidade vista nos últimos dias ligou o alerta em Taiwan, considerado pelo Partido Comunista Chinês como um território rebelde.
Os avanços ocorrem em um momento em que a China enfrenta uma maior resistência dos países da região, ao mesmo tempo em que cresce a presença naval de nações ocidentais lideradas pelos americanos.
Em uma troca de acusações que já se tornou comum entre as duas maiores potências mundiais, americanos afirmam que as ações chinesas são “arriscadas” e “desestabilizadoras”; em resposta, os asiáticos acusam os ocidentais de venderem armas a Taiwan e que agem de maneira provocativa ao expor a sua frota naval no Estreito da ilha.
Ao mesmo tempo dos avanços aéreos, os Estados Unidos também intensificaram as manobras navais no Indo-Pacífico, desafiando as reivindicações chinesas. Em meio a essa tensão, Chiu Kuo-cheng afirmou que este é o período mais grave desde que se alistou, há 40 anos.
Segundo ele, a China já poderia realizar uma série de ataques agora se assim quisessem, porém as consequências podem não valer a pena neste momento.
Uma queda de Taiwan por meio da guerra seria catastrófico para o sistema de alianças democráticas atual e seria um sinal de que o autoritarismo tem controle sobre a democracia. Além disso, a política de Pequim é conseguir conquistar o território de maneira pacífica, e não por meio de uma guerra.
No entanto, analistas apontam que a paciência do presidente Xi Jinping pode estar chegando ao fim, o que aumenta as possibilidades de uma invasão até 2025, quando os custos operacionais seriam menores se comparados com os dias atuais.
Ainda que os Estados Unidos tenham declarado apoio a Taiwan e o novo primeiro-ministro japonês tenha se inclinado a fazer o mesmo, há uma enorme diferença de poderio militar e investimento.
Segundo o Ministério da Defesa taiwanês, cada incursão custa cerca de R$ 5,5 milhões em recursos como decolagem de caças e ativação de sistemas de defesa.
Para 2022, há um orçamento militar previsto em R$ 92 bilhões com investimentos em compras de sistemas navais e defesas aéreas.
No entanto, esse valor corresponde a cerca de um décimo do investimento chinês em poderio militar. Além disso, a China é atualmente a terceira maior potência nuclear mundial, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia.
Apesar das crescentes tensões, alguns analistas apontam que as incursões soam como uma demonstração de força não só para Taiwan, mas também para os americanos. É como se a China quisesse mostrar que tem opções para agir e responder de uma maneira mais incisiva do que aquela esperada pelas nações ocidentais.
A possibilidade de tomar a ilha através da força não é novidade e já foi dito pelos próprios chineses em outras oportunidades. E, apesar de apoiar com a venda de armas e suporte político, não há uma promessa concreta de que Washington irá defender o território em uma eventual invasão chinesa.
Em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, Joe Biden disse que os Estados Unidos sempre sairá em defesa de aliados para garantir soberania territorial e evitar conflitos, mas declarou que não busca uma “Nova Guerra Fria”, termo associado à divisão entre as nações.
Os avanços ocorrem em um momento em que a China enfrenta uma maior resistência dos países da região, ao mesmo tempo em que cresce a presença naval de nações ocidentais lideradas pelos americanos.
Em uma troca de acusações que já se tornou comum entre as duas maiores potências mundiais, americanos afirmam que as ações chinesas são “arriscadas” e “desestabilizadoras”; em resposta, os asiáticos acusam os ocidentais de venderem armas a Taiwan e que agem de maneira provocativa ao expor a sua frota naval no Estreito da ilha.
Ao mesmo tempo dos avanços aéreos, os Estados Unidos também intensificaram as manobras navais no Indo-Pacífico, desafiando as reivindicações chinesas. Em meio a essa tensão, Chiu Kuo-cheng afirmou que este é o período mais grave desde que se alistou, há 40 anos.
Segundo ele, a China já poderia realizar uma série de ataques agora se assim quisessem, porém as consequências podem não valer a pena neste momento.
Uma queda de Taiwan por meio da guerra seria catastrófico para o sistema de alianças democráticas atual e seria um sinal de que o autoritarismo tem controle sobre a democracia. Além disso, a política de Pequim é conseguir conquistar o território de maneira pacífica, e não por meio de uma guerra.
No entanto, analistas apontam que a paciência do presidente Xi Jinping pode estar chegando ao fim, o que aumenta as possibilidades de uma invasão até 2025, quando os custos operacionais seriam menores se comparados com os dias atuais.
Ainda que os Estados Unidos tenham declarado apoio a Taiwan e o novo primeiro-ministro japonês tenha se inclinado a fazer o mesmo, há uma enorme diferença de poderio militar e investimento.
Segundo o Ministério da Defesa taiwanês, cada incursão custa cerca de R$ 5,5 milhões em recursos como decolagem de caças e ativação de sistemas de defesa.
Para 2022, há um orçamento militar previsto em R$ 92 bilhões com investimentos em compras de sistemas navais e defesas aéreas.
No entanto, esse valor corresponde a cerca de um décimo do investimento chinês em poderio militar. Além disso, a China é atualmente a terceira maior potência nuclear mundial, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia.
Apesar das crescentes tensões, alguns analistas apontam que as incursões soam como uma demonstração de força não só para Taiwan, mas também para os americanos. É como se a China quisesse mostrar que tem opções para agir e responder de uma maneira mais incisiva do que aquela esperada pelas nações ocidentais.
A possibilidade de tomar a ilha através da força não é novidade e já foi dito pelos próprios chineses em outras oportunidades. E, apesar de apoiar com a venda de armas e suporte político, não há uma promessa concreta de que Washington irá defender o território em uma eventual invasão chinesa.
Em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, Joe Biden disse que os Estados Unidos sempre sairá em defesa de aliados para garantir soberania territorial e evitar conflitos, mas declarou que não busca uma “Nova Guerra Fria”, termo associado à divisão entre as nações.