Izvestia
O surgimento de uma missão de treinamento militar da União Europeia (UE) na Ucrânia pode ser uma "facada nas costas" para a Rússia. Esta declaração foi feita pelo perito militar ucraniano, coronel da reserva Oleg Zhdanov.
Foto: RIA Novosti/Stringer |
Em sua opinião, quanto mais fortes as forças armadas da Ucrânia se tornarem, menor a chance de a Rússia "pressionar" Kiev em termos de assinatura dos acordos de Minsk, escreve o portal ucraniano Glavred.
Segundo Zhdanov, os acordos de Minsk são uma tarefa geopolítica que o presidente russo Vladimir Putin está tentando resolver. A implementação desses acordos pelo lado ucraniano pode levar a uma mudança no equilíbrio de poder na Europa Oriental, acrescentou.
Em 30 de setembro, o ex-deputado Yevgeny Muraev, ex-deputado de Verkhovna Rada, chamou de "vergonha espanhola" a recente promessa do ministro das Relações Exteriores do país, Dmitry Kuleba, de criar "sérios problemas" para a Rússia. Ele observou que há quase sete anos Kiev vem chamando Moscou de agressora, mas ninguém criou problemas para isso até agora.
Em 29 de setembro, Kuleba anunciou a prontidão das autoridades do país para criar "sérios problemas" para a Rússia. Segundo ele, Kiev está atualmente trabalhando com seus parceiros em condições que supostamente terão que forçar Moscou a parar a "agressão".
As relações entre a Rússia e a Ucrânia têm sido complicadas desde um golpe de Estado na Ucrânia em 2014. Kiev lançou uma operação militar contra o Donbass, cujos residentes não concordavam com os resultados da mudança de poder, e as autoridades da Criméia decidiram realizar um referendo sobre a reunificação com a Rússia. Como resultado do referendo, 96,77% dos eleitores da Criméia e 95,6% dos residentes de Sevastopol votaram para que a península se juntasse à Federação Russa.