Sputnik
Em um artigo publicado no portal Gazeta.ru, ele observou que "tentando salvar a sua reputação e a credibilidade da OTAN em geral, a administração dos EUA se recusou a admitir a derrota", e "em vez disso usou a fórmula 'nós não fomos expulsos, saímos por vontade própria'".
Membros das Forças Armadas do Reino Unido descansam enquanto continuam com a evacuação do pessoal autorizado do aeroporto internacional de Cabul, Afeganistão © REUTERS / HANDOUT |
"No entanto, o presidente [dos EUA] Joe Biden fez notar que a retirada das tropas não significa apenas o fim da campanha afegã – trata-se do fim da era de 'grandes operações militares para reorganizar outros países'. As suas palavras basicamente significam o reconhecimento aberto por Washington do colapso da estratégia de afirmar a sua omnipresença político-militar", opina Medvedev.
Segundo ele, onde quer que os americanos tentassem construir um novo sistema político, eles sempre deixaram problemas depois de si. Ora, as realidades de hoje exigem passos políticos ponderados e comedidos.
"A Rússia está certamente interessada em resolver os conflitos internos afegãos. No entanto, isso deve ser feito pelas próprias forças políticas do país, refletindo todo o espectro de sua sociedade", concluiu Medvedev.
No início de agosto passado, o Talibã intensificou os seus ataques contra as forças do governo afegão. O grupo entrou em Cabul em 15 de agosto, assumindo o controle do palácio presidencial no dia seguinte e declarando que a guerra no Afeganistão havia terminado.