Poder 360
O consulado dos EUA era usado para tratar de assuntos diplomáticos com os palestinos. Em 2017, o ex-presidente dos EUA Donald Trump mudou a embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém. Dois anos depois, em 2019, fechou o consulado e transferiu suas atribuições para a embaixada.
O consulado dos EUA era usado para tratar de assuntos diplomáticos com os palestinos. Em 2017, o ex-presidente dos EUA Donald Trump mudou a embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém. Dois anos depois, em 2019, fechou o consulado e transferiu suas atribuições para a embaixada.
Yair Lapid, ministro das Relações Exteriores de Israel © Kobi Gideon (via WikimediaCommons) |
Tanto palestinos quanto israelenses reivindicam Jerusalém como capital. Ao transferir a embaixada de Tel Aviv e fechar o consulado, Trump se colocou ao lado de Israel.
O atual presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu restaurar os laços com os palestinos e apoiar uma solução de 2 Estados. Parte desses esforços é reabrir o consulado em Jerusalém.
“Achamos que é uma má ideia”, falou Yair Lapid em entrevista a jornalistas. “Jerusalém é a capital soberana de Israel e somente de Israel. Portanto, não achamos que seja uma boa ideia”, declarou.
“Sabemos que o governo [Biden] tem uma maneira diferente de ver isso. Mas, como é algo se passa em Israel, temos certeza de que eles estão nos ouvindo com muita atenção.”
O primeiro-ministro israelense se opõe à criação de um Estado palestino.
“Temos uma estrutura interessante e delicada de nosso governo e achamos que isso pode desestabilizá-lo”, declarou Lapid. “Não acho que o governo norte-americano queira que isso aconteça.”
Lapid falou que acredita “devotadamente na solução de 2 Estados”. No entanto, disse ele, é preciso admitir “que isso não é viável na situação atual”.