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Ao ser questionado se está preocupado por os futuros submarinos nucleares da Austrália poderem ser encarados pela China como uma ameaça, o premiê disse o seguinte, em entrevista ao canal CBS News:
"Bem, eu acredito que deveria ser assim e é isso que eu estou tentando dizer. A Austrália tem todo o direito de tomar decisões em nosso interesse soberano para equipar nossas defesas, para trabalhar com nossos parceiros, para criar uma região mais estável, garantir um equilíbrio eficaz na região em causa, o que significa que todos os países podem negociar e interagir uns com os outros e aumentar a prosperidade de seu próprio povo".
No entanto, o premiê desmentiu que o controverso acordo de submarinos nucleares da Austrália venha a desencadear uma corrida armamentista com a China, insistindo que a guerra no Indo-Pacífico não é inevitável.
No âmbito da nova aliança de defesa AUKUS entre EUA, Reino Unido a Austrália, Camberra vai adquirir oito submarinos de propulsão nuclear. No entanto, os novos submersíveis não terão armas nucleares.
"Por muitos, muitos anos tem havido uma crescente militarização do Indo-Pacífico. Nós temos notado essa escalada há algum tempo, e isso antecede a nossa decisão", disse.
Morrison disse que a Marinha Real australiana precisa de uma força submarina de "longo alcance" em águas estrategicamente importantes, como o mar do Sul da China.
"A Austrália está muito longe de todos os lugares […] precisamos ter um longo alcance e [raio de] ação", concluiu.
Anteriormente, Zhao Lijian, porta-voz da chancelaria chinesa, disse que a aliança AUKUS ameaça a paz e a estabilidade na região, provocando uma corrida armamentista.