Por Vladimir Soldatkin | Reuters
VLADIVOSTOK, Rússia - Na quarta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse ao seu colega ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em Washington que os norte-americanos estão "fortemente comprometidos" com a integridade territorial da Ucrânia e ofereceu 60 milhões de dólares de nova ajuda de segurança.
Porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em São Petersburgo © Reuters |
Militares ucranianos enfrentam forças apoiadas pela Rússia na região de Donbass, no leste, desde 2014, um conflito que Kiev disse já ter matado 14 mil pessoas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, expressou preocupações com o plano de ajuda militar dos EUA em comentários a repórteres na cidade de Vladivostok, no extremo leste russo.
"Acreditamos que isto poderia causar ações imprevisíveis do lado ucraniano em termos de tentar resolver o... conflito ucraniano... à força. Isto é muito perigoso", disse Peskov.
"Para dizer simplesmente, estamos falando de uma amizade ucraniano-americana contra a Rússia. Isto quer dizer que são amigos não por si mesmos, mas contra a Rússia. Isto... só pode ser algo a se lamentar."
Ele expressou a oposição já antiga de Moscou ao desejo de Kiev de se filiar à aliança militar liderada pelos EUA Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao ressaltar comentários feitos durante a viagem de Zelenskiy.