Por Redação Forças de Defesa
Por Marcos Rosas Degaut Pontes*
Destaco que o Ministério da Defesa tem buscado derrubar barreiras; inovar em soluções que ampliem e fortaleçam a base industrial de Defesa brasileira, com ênfase nas ações focadas em novas formas de financiamentos e garantias para o setor; aperfeiçoar a Tríplice Hélice (que congrega ações envolvendo academia, Estado e iniciativa privada); e buscar isonomia normativa e tributária, que permita uma concorrência entre a indústria nacional e os fabricantes internacionais, em igualdade de condições.
Dessa forma, em 2019, as exportações autorizadas atingiram um número recorde até então, US$ 1.231.091.652,66, com um salto de mais de 30% em relação ao ano anterior. Se considerarmos a média de exportações autorizadas desde 2001, o ano de 2020 foi também muito significativo para a economia de Defesa, com exportação superior à média, atingindo o total de US$ 777.087.845,52, mesmo no cenário de pandemia.
Fruto de todas as ações do governo federal em prol da retomada econômica, e das ações estratégicas que vêm sendo elaboradas por este ministério, atingimos um número recorde de exportações autorizadas, US$ 1.322.690.166,19 (até 26 de agosto de 2021), o que fará do ano de 2021 o melhor resultado até o momento. Ainda existem grandes negociações em andamento, confirmando o ano de 2021 como o melhor resultado para a indústria de Defesa brasileira.
A economia de Defesa é importante para o país, pois gera renda e empregos altamente qualificados. É um setor que tem um efeito multiplicador sobre a economia, que impulsiona qualitativamente o desenvolvimento tecnológico, com forte efeito sobre o PIB. Segundo estudo elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2021, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre a Mensuração da Base Industrial de Defesa e Segurança, o setor representa 4,46% do PIB brasileiro, gerando 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos (2,19% dos empregos do Brasil). Esse estudo é um dos resultados do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado entre o Ministério da Defesa e a Confederação Nacional da Indústria, e será lançado brevemente para consulta.
A exportação fortalece a indústria nacional de Defesa, além de mantê-la com capacidade de fornecer produtos, serviços e tecnologia de ponta. Assim, a exportação assume um papel crucial, por ser um caminho eficaz num ambiente globalizado, cada vez mais competitivo, e é nesse contexto que o Ministério da Defesa tem prestado relevante apoio à Base Industrial de Defesa (BID) na consecução de seus objetivos.
*Secretário de produtos de defesa do Ministério da Defesa
FONTE: O Globo