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Isso foi constatado pelo ministro dos Assuntos Europeus da França, Clément Beaune, hoje, sexta-feira (15).
"Nós estamos em meio a negociações comerciais com a Austrália. Não vejo como podemos confiar nos parceiros australianos."
Recentemente, o Estado australiano abandonou o acordo de US$ 90 bilhões (R$ 480,91 bilhões) com a empresa francesa Naval Group, no âmbito do qual a última deveria construir vários submarinos de ataque para o país.
Paris criticou a decisão, indignada também pela promessa dos Estados Unidos a Camberra de fornecer para a Austrália submarinos de propulsão nuclear, e chamou esse último passo de "facada nas costas".
A Austrália está em conversações para a firmação de um acordo com a União Europeia, seu maior parceiro comercial, desde 2018, tendo já passado por 11 rodadas de negociações. A próxima está prevista para ocorrer em setembro-outubro deste ano e é suposto que cubra questões comerciais, de serviços, investimentos e direitos de propriedade intelectual.
No entanto, agora o progresso nas negociações, organizadas pela Comissão Europeia, está sob questão, uma vez que Camberra decidiu abandonar o acordo. O governo australiano anunciou o passo logo após os EUA, Reino Unido e Austrália terem anunciado a criação de uma nova aliança militar, chamada AUKUS, a fim de operar no Indo-Pacífico. No âmbito desta nova união, os EUA concordaram em vender submarinos movidos a energia nuclear à Austrália.