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No âmbito do acordo de paz estabelecido em 2020 com os EUA, o Talibã prometeu na época não permitir que a Al-Qaeda (organizações terroristas proibidas na Rússia e em outros países) e outras organizações similares tomassem controle do Afeganistão.
© AFP 2021 / Ahmad Sahel Arman |
No entanto, isso não impediu a Al-Qaeda de elogiar a "vitória histórica" do grupo insurgente sobre as forças da OTAN.
A declaração, publicada no Twitter, afirma que as duas organizações uniram forças para combater a resistência no vale de Panjshir.
Nos termos das disposições do acordo de paz assinado em fevereiro de 2020 pela anterior administração de Donald Trump e o Talibã, o movimento armado se comprometeu a nunca mais permitir que o Afeganistão se transformasse em base de apoio para os terroristas, incluindo a Al-Qaeda.
Washington, por sua vez, prometeu retirar as suas tropas do país, o que aconteceu em 30 de agosto, quatro meses mais tarde do que o prazo inicialmente estabelecido pelo governo anterior.
Entretanto, segundo informa Al Jazeera nesta quinta-feira (2), citando uma fonte dos talibãs, o movimento iniciou uma operação militar na província afegã de Panjshir após negociações com as forças de resistência lideradas por Ahmad Massoud terem alegadamente fracassado.
De acordo com relatos, os talibãs teriam proposto às forças de resistência um ou dois assentos para seus representantes no governo que estavam formando, porém a proposta foi rejeitada.
Panjshir, localizada a nordeste de Cabul, permanece a única província afegã que não é controlada pelos talibãs. As forças de resistência, lideradas por Massoud, prometeram cessar a luta contra o movimento se ele proporcionar liberdade e igualdade a todos os cidadãos e formar um governo inclusivo.