ANSA
A declaração chega em meio ao rápido avanço do grupo fundamentalista islâmico, que em poucas semanas conquistou quase metade das 34 capitais de província afegãs e hoje está a menos de 100 quilômetros de Cabul.
A declaração chega em meio ao rápido avanço do grupo fundamentalista islâmico, que em poucas semanas conquistou quase metade das 34 capitais de província afegãs e hoje está a menos de 100 quilômetros de Cabul.
Talibãs assumem controle de Herat, uma das principais cidades do Afeganistão | Foto: EPA / Ansa - Brasil |
Por meio de um comunicado, o Talibã diz que aqueles que colaboraram com o governo do Afeganistão e as "forças ocupantes" terão "anistia geral" e que os diplomatas estrangeiros "não serão tocados", bem como propriedades privadas.
Países ocidentais que mantinham tropas em solo afegão até poucos meses atrás têm demonstrado preocupação com a segurança de suas embaixadas. A Alemanha já anunciou uma redução de seu efetivo diplomático em Cabul, e a Otan discute a evacuação de seu pessoal remanescente no Afeganistão.
Também nesta sexta-feira, o Talibã conquistou Puli Alam, capital da província de Logar e que está apenas a 70 quilômetros de Cabul - fontes militares dos EUA apontam que a capital afegã deve cair em até 90 dias.
"Os talibãs estão avançando em muitas áreas, e as províncias de Zabul, Uruzgan e Maidan Wardak serão conquistadas em breve", afirmou à ANSA o porta-voz do grupo islâmico, Zabihullah Mujahid.
O Talibã já comandou o Afeganistão de 1996 a 2001, até ser derrubado pela invasão americana - Washington acusava o grupo de dar proteção a Osama bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro.
No entanto, em duas décadas de presença militar no país, os EUA não conseguiram preparar as forças de segurança locais para lidar com o Talibã por conta própria.