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O governo de Joe Biden decidiu enviar o representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Sung Kim, neste sábado (21), à Coreia do Sul, dias após Pyongyang ameaçar uma "crise de segurança" devido aos exercícios militares liderados por Washington em conjunto a Seul, segundo a Bloomberg.
Sung Kim © REUTERS / Mídia Associada |
Sung Kim chegará à Coreia do Sul para uma visita de quatro dias, durante a qual se encontrará com seu homólogo sul-coreano, Noh Kyu-duk, e outras autoridades, disseram o Departamento de Estado dos EUA e o Ministério das Relações Exteriores de Seul.
"Noh manterá conversas com Kim na segunda-feira [23] e discutirá formas de cooperação para trazer progresso substancial para a desnuclearização completa e paz duradoura na península coreana", disse o ministério citado pela Reuters.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram exercícios militares anuais nesta semana, principalmente envolvendo simulações de computador com um mínimo de pessoal e nenhum treinamento de campo ao vivo, devido à pandemia da COVID-19.
No dia 10 de agosto, a Coreia do Norte se pronunciou sobre os exercícios através de Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, a qual afirmou que os exercícios conjuntos entre EUA-Coreia do Sul minam o progresso nas relações entre as Coreias e que a paz só é possível se Washington retirar suas forças militares da península, conforme noticiado.
"Os Estados Unidos e a Coreia do Sul enfrentarão uma ameaça de segurança mais séria se ignorarem nossas repetidas advertências e prosseguirem com exercícios perigosos", disse Kim Yo-jong.
Segundo a Bloomberg, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Morgulov, também deve estar em solo sul-coreano durante a visita de Sung.