France Presse
"O Marrocos, assim como certos países do Magreb Árabe, enfrenta uma agressão deliberada e premeditada. Apegados a considerações ultrapassadas, os inimigos da integridade territorial do reino não querem que o Marrocos continue como a nação livre, forte e influente que é", afirmou o monarca. “Além disso, certos países, incluindo alguns europeus, paradoxalmente parceiros tradicionais do Marrocos, temem por seus interesses económicos, seus mercados e suas esferas de influência na região do Magreb”.
O rei do Marrocos, Mohammed VI |
Mohamed VI manifestou seu desejo de “estabelecer relações sólidas, construtivas e equilibradas, especialmente com os países vizinhos”, citando Espanha e França, em discurso pronunciado por ocasião do 68º aniversário da Revolução do Rei e do Povo. O soberano também denunciou "uma vasta campanha para denegrir nossas instituições de segurança".
O reino foi acusado recentemente de usar o programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pelo grupo israelense NSO, no âmbito de uma extensa investigação a cargo de um consórcio formado por 17 veículos internacionais com base em dados obtidos pela organização Forbidden Stories e pela Anistia Internacional. Rabat desmentiu "essas versões falsas e infundadas" e abriu processos judiciais em França, Espanha e Alemanha.
Jornalistas de vários países entraram com ações judiciais após a divulgação da investigação, segundo a qual o Pegasus permitiu que vários países, incluindo o Marrocos, espionassem jornalistas, políticos, defensores dos direitos humanos e empresários.