Por Ju-min Park | Reuters
TÓQUIO - Imagens da emissora TV Asahi mostraram Kishi no santuário de Tóquio, a primeira visita de um ministro da Defesa desde 2016 ocorrida dois dias antes do aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial.
Ministro da Defesa do Japão, Nobyo Kishi, visita santuário de Yasukuni, em Tóquio © Reuters |
Quase oito décadas após o final da guerra, Yasukuni continua sendo um lembrete potente do legado dos tempos da guerra no leste asiático e um foco de tensão com a China e as duas Coreias. Entre os homenageados no santuário estão 14 líderes da 2ª Guerra condenados por um tribunal dos Aliados como criminosos de guerra "Classe A" em 1948.
Muitos japoneses prestam homenagens a parentes no santuário, e conservadores dizem que os líderes deveriam poder lembrar os mortos da guerra, mas chineses e coreanos se ressentem das honrarias concedidas aos criminosos de guerra.
Kishi disse aos repórteres que sua visita foi para "oferecer homenagens e condolências àqueles que caíram mortos durante a guerra pela nação".
Mais tarde nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano disse ter convocado Naoki Kumagai, vice-chefe da missão da embaixada japonesa em Seul, para protestar contra a visita, que classificou como "para lá de deplorável".
As relações entre Seul e Tóquio estão abaladas há anos por causa de questões relacionadas à ocupação japonesa da península coreana entre 1910 e 1945.
(Reportagem adicional de Joyce Lee)