France Presse
Israel lançou na última quinta-feira seus primeiros ataques aéreos contra o Líbano desde 2014, após ter sido alvo de três foguetes disparados pelo vizinho do norte, uma ação cuja autoria não foi reivindicada. O Hezbollah respondeu ontem com o lançamento de mais de 10 foguetes contra o Estado hebreu, que revidou com disparos de artilharia.
Hassan Nasrallah faz um pronunciamento na TV | Reprodução de vídeo |
"Nossa resposta estava ligada aos ataques de Israel ao sul do Líbano, inéditos em 15 anos", disse Nasrallah, durante um discurso na TV para lembrar o aniversário da guerra de 33 dias entre o movimento xiita e Israel em 2006. "Queremos dizer ao inimigo que qualquer ataque da aviação israelense contra o Líbano será, inevitavelmente, seguido de resposta, mas de forma apropriada e proporcional, uma vez que desejamos proteger o país. Não queremos ir para a guerra, mas estamos preparados para isso."
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) classificou como "situação muito perigosa" a escalada militar e pediu um cessar-fogo imediato.
O Líbano não tem um governo com funções plenas desde a renúncia do gabinete após a explosão devastadora no porto de Beirute, em agosto de 2020. A violência na fronteira com Israel coincide com o recrudescimento da tensão entre o Estado hebreu e o Irã, principal apoio do Hezbollah.