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A Itália iniciou na manhã deste domingo (15) uma operação para repatriar o pessoal de sua embaixada em Cabul, seus cidadãos e também colaboradores afegãos que devem ser protegidos da ofensiva do grupo fundamentalista Talibã.
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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Itália anunciou que a medida foi tomada "diante da deterioração das condições de segurança no Afeganistão" devido ao avanço dos rebeldes por todo o país.
"Foram iniciados procedimentos para organizar o retorno à Itália de funcionários da embaixada italiana em Cabul", diz o texto.
Segundo o governo italiano, o primeiro voo está programado para partir para Roma às 21h30 (horário local). Ao todo, são cerca de 50 funcionários da embaixada italiana, liderada pelo diplomata Vittorio Sandalli, pelo menos 30 colaboradores e seus familiares, além dos carabineiros encarregados da segurança da sede diplomática.
Ontem (14), a Farnesina enviou um e-mail aos cidadãos presentes no Afeganistão e fez um apelo para todos regressarem à Itália por meio do voo disponibilizado pela Aeronáutica no aeroporto de Cabul.
O chanceler italiano, Luigi Di Maio, por sua vez, reiterou que "neste momento a prioridade é a proteção de todos os concidadãos" e disse que está acompanhando a situação em conjunto com a unidade de crise do ministério e o embaixador em Cabul.
Segundo o político do Movimento 5 Estrelas (M5S), apesar de não haver um novo compromisso militar da Itália na região, o país europeu não pode "pensar em abandonar o povo afegão depois de 20 anos".
A Itália, um dos países mais envolvidos na missão da Otan no Afeganistão, concluiu a partida de suas tropas no final de junho no âmbito do processo de retirada dos militares internacionais da região. Desde então, o Talibã tem avançado e já conquistou mais de 18 das 34 capitais de província da nação e cercou Cabul.
Nos últimos 20 anos, de acordo com o Ministério da Defesa, 723 soldados italianos ficaram feridos e 53 morreram durante a operação.