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16 agosto 2021

Há pessoas 'petrificadas', com medo do futuro, relata repórter da CNN em Cabul (VIDEO)

Grupo derrubou governo e voltou ao poder após 20 anos; na capital do Afeganistão, jornalista da CNN relata primeiras mudanças com chegada do Talibã

Da CNN, em São Paulo e em Cabul

O clima em Cabul, no Afeganistão, é de medo e tensão após a tomada da capital pelo Talibã. O grupo alega que fará uma transição de poder pacífica, mas há registro de muito tumulto e violência no aeroporto da cidade, por onde milhares de afegãos tentam deixar o país.

Centenas de afegão tentaram embarcar à força em avião americano em fuga desesperada da capital Cabul após invasão do Talibã | Foto: Reprodução/CNN Brasil (16.ago.2021)

A repórter da CNN Clarissa Ward, que está em Cabul, relata o primeiro dia da cobertura da imprensa internacional no local.

"É possível ver que muita coisa mudou. Certamente, o código de vestimenta, para mim, mudou", diz a jornalista, que traja um hijab, vestimenta que voltou a ser obrigatória para as mulheres.

Acompanhada de perto por integrantes do Talibã, a repórter conta que eles querem "mostrar ao mundo que podem manter a lei e a ordem no território."

"É claro que isso destoa das imagens que vemos do aeroporto de puro desespero. São milhares e milhares de afegãos que tentam desesperadamente fugir, lutando pela vida em caos enquanto a pista do aeroporto é tomada", conta Clarissa.

No aeroporto de Cabul, o exército dos Estados Unidos controla o perímetro para evitar que cenas de tumultos, como registradas no fim de semana, se repitam. Ao menos cinco pessoas morreram durante a tentativa desesperada de afegãos do país.

"No centro da cidade, a história é bem diferente", diz a jornalista. "[Há] pessoas que não saíram na rua, que não se sentem seguras, estão 'petrificadas' e imaginando o que o futuro vai trazer."

A jornalista da CNN relata que não pode falar com afegãos de forma direta, pois muitos estão preocupados com retaliações do Talibã. "As vozes deles são majoritariamente silenciosas", conta.

"Esse é o outro lado da moeda aqui. É a realidade sombria do medo absoluto que consome muitos afegãos nesse novo mundo bizarro."

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