Por G1
Um comunicado divulgado neste domingo (29) pelos Estados Unidos e por outros 97 países (veja lista mais abaixo) afirma que o grupo radical Talibã garantirá a saída segura de estrangeiros do Afeganistão.
Um comunicado divulgado neste domingo (29) pelos Estados Unidos e por outros 97 países (veja lista mais abaixo) afirma que o grupo radical Talibã garantirá a saída segura de estrangeiros do Afeganistão.
Cidadãos indianos embarcam em avião militar no aeroporto de Cabul, em 17 de agosto de 2021, para serem evacuados do Afeganistão após o Talibã tomar o poder — Foto: AFP |
Nascidos no país, desde que tenham autorização para viajar ao exterior, também poderão deixar o território.
"Recebemos garantias do Talibã de que todos os estrangeiros e qualquer cidadão afegão com autorização de viagem terão permissão para seguir de maneira segura e ordenada para os pontos de partida e viajar para fora do país", afirma o texto.
Na última sexta-feira (27), o chefe de negociação do Talibã, Sher Mohammed Abas Stanekzai, anunciou que o grupo fundamentalista não impediria ninguém de sair do território afegão, independentemente da nacionalidade ou da relação com os Estados Unidos durante a guerra entre os dois países.
Com o retorno ao poder depois de 20 anos, os talibãs tentam apresentar uma imagem mais aberta e moderada. A população, no entanto, teme a repetição do regime fundamentalista e brutal imposto entre 1996 e 2001.
Proteção ocidental
Quase 114.400 pessoas, incluindo 5.500 cidadãos americanos, saíram de avião do Afeganistão desde 14 de agosto.
A Otan e União Europeia solicitaram uma prorrogação do prazo inicial de 31 de agosto para conseguir retirar todos os afegãos aptos a receber proteção ocidental.
França e Reino Unido defenderão na segunda-feira (30), em um encontro no Conselho de Segurança da ONU, a criação de uma "zona segura" em Cabul. O objetivo é justamente permitir a continuidade das operações humanitárias, afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron.
"Isto estabeleceria um marco às Nações Unidas para atuar em caráter de urgência", disse.
Muitos países, incluindo França, Itália, Espanha, Alemanha, Canadá e Austrália, já concluíram suas operações de retirada.
Países que assinaram o comunicado
O documento é assinado por representantes dos governos de:
Austrália, Bélgica, Belize, Bulgária, Burkina Faso, Cabo Verde, Canadá, República Centro-Africana, Colômbia, Costa Rica, Costa do Marfim, Croácia, República Democrática do Congo, Dinamarca, Djibouti, República Dominicana, El Salvador, Estônia, Eswatini, Estados Federados da Micronésia, Estados Unidos, Fiji, Finlândia, França, Gabão, Geórgia, Alemanha, Gana, Grécia, Guiné, Guiana, Haiti, Honduras, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Jordânia, Cazaquistão, Quênia, Kiribati, Quirguistão , Letônia, Líbano, Libéria, Líbia, Lituânia, Luxemburgo, Madagascar, Maldivas, Malta, Ilhas Marshall, Moldávia, Montenegro, Marrocos, Nauru, Holanda, Nova Zelândia, Níger, Macedônia do Norte, Noruega, Palau, Papua Nova Guiné, Polônia, Portugal, República de Chipre, República da Coreia, República do Kosovo, Romênia, Ruanda, Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Senegal, Sérvia, Serra Leoa, Eslováquia, Eslovênia, Somália, Espanha, St. Kitts e Nevis, Sudão, Suriname, Suécia, Suíça, Bahamas, Gâmbia, Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Togo, Trinidad e Tobago, Turquia, Uganda, Ucrânia, União das Comores, Unidos Reino, Vanuatu, Iêmen e Zâmbia.