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Anteriormente, a Boeing promoveu e apresentou o CFT como uma atualização significativa em comparação com os modelos anteriores da Marinha, que forneceria maior alcance de ação e rendimento sem impacto negativo na velocidade ou manobrabilidade.
Caça F/A-18F Super Hornet da Marinha dos EUA lança nova versão do míssil AIM-120D-3 | © FOTO / MARINHA DOS EUA |
Tim Martin, do portal Shephard News, informou, citando um porta-voz da Marinha norte-americana, que em janeiro, a Boeing recebeu ordens de "suspender" os trabalhos relacionados com os CFT por questões de "custo, cronograma e rendimento".
Já o portal The Drive observou que, no mesmo período, a revista Aviation Week informou que as autoridades marítimas já haviam considerado essa decisão, porém não a haviam revelado.
Apesar das declarações da Marinha, não está totalmente esclarecido quais problemas ocorreram com os CFT.
O portal The Drive observou que é possível que tenha a ver com a estrutura dos tanques, que impede que os caças "lidem com as fortes tensões do pouso ou decolagem a partir dos porta-aviões".
Sua eliminação e reinstalação de maneira regular significaria altos custos a longo prazo, observa a mídia.
De qualquer modo, a ausência dos CFT é um tema sensível, já que a Boeing promoveu e apresentou originalmente com seu conceito de Super Hornet em 2008 esta melhoria potencialmente significativa dentro do pacote de atualização, em comparação com modelos anteriores da Marinha.
Cada Super Hornet está projetado para suportar dois CFT, que juntos podem conter 2.341 litros de combustível, em comparação com os 2.182 litros do tanque padrão dessas aeronaves.
Além disso, não ocupam espaço sob as asas, pois estão localizados em cada lado de sua estrutura central, permitindo a inclusão de armamento adicional. Por outro lado, ofereciam uma solução à perda de alcance devido ao sistema de busca e rastreamento por infravermelhos (IRST, na sigla em inglês), que sacrificavam combustível.
Neste contexto, o menor alcance destas aeronaves sem os CFT resultaria em um grave contratempo, especialmente em futuros conflitos de alto nível que requeiram operações a longa distância, como por exemplo, na região do Pacífico.
Além disso, "os problemas que surgiram nos testes parecem ter sido tão graves que a Marinha determinou que os tanques são mais problemáticos do que valiosos", concluiu o portal The Drive.