Izvestia
"Pelo oitavo dia consecutivo, está tudo bem. Fomos à cidade hoje para ver nossos próprios olhos. Eles se certificaram, assim é", garantiu o diplomata.
Foto: Global Look Press/Saifurahman Safi/XinHua |
Segundo Zhirnov, Moscou vai monitorar a situação no país sob o novo governo.
Ele também disse que mais cedo no sábado um representante do escritório político do movimento talibã (uma organização terrorista proibida na Rússia) visitou a Embaixada russa. Os talibãs transmitiram uma proposta às autoridades em Panjshir para chegar a um acordo político, disse o diplomata.
"Eles pediram que a Rússia transmitisse aos líderes e residentes de Panjshir o seguinte: até o momento, os talibãs não fizeram uma única tentativa de entrar em Panjshir à força, o grupo espera encontrar uma maneira pacífica de resolver a situação, por exemplo, através da chegada a um acordo político", acrescentou Zhirnov.
No início do dia, um porta-voz do Talibã radical anunciou a introdução de um novo sistema de governo no Afeganistão. Segundo ele, a nova forma de governo terá como objetivo proteger os direitos de toda a população.
Na véspera do representante do Talibã disse que no Afeganistão haverá uma nova constituição, que é uma necessidade nas condições de situação de emergência no país. Segundo ele, no momento é necessário atender às necessidades das pessoas, superar o vácuo e, em seguida, dar outras medidas.
Há dois dias, o porta-voz do Talibã, Qary Yusuf Ahmadi, disse que o líder supremo do movimento radical, Mulavi Haibatullah Akhundzada, havia ordenado a libertação de prisioneiros políticos de todas as prisões do país.
Em 16 de agosto, o Conselho de Segurança da ONU também pediu a cessação imediata das hostilidades e a criação de um novo governo inclusivo no Afeganistão. Esta última implica a participação plena, igual e significativa das mulheres.
Militantes talibãs entraram em Cabul em 15 de agosto, após o qual declararam o "fim da guerra" no Afeganistão. Eles pretendem anunciar a criação do Emirado Islâmico do Afeganistão, e também exigiram a retirada de tropas estrangeiras do país.
No mesmo dia, o presidente Ashraf Ghani renunciou e deixou o país, chamando sua decisão de renunciar a uma maneira de "evitar a carnificina". Por sua vez, o vice-presidente do Afeganistão sob o comando de Ghani Amrullah Saleh declarou-se o chefe de Estado interino.
A situação no Afeganistão começou a piorar depois que os Estados Unidos começaram a retirar suas tropas no início de maio de 2021, planejando concluir a operação antes do final de agosto.