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De acordo com o militar de alto escalão, quando uma aeronave estrangeira conduz um voo perto de destróieres da OTAN, os próprios comandantes devem avaliar se a aeronave está se preparando para atacar ou não.
Navios da OTAN © REUTERS / Antonio Parrinello |
"Os aliados e parceiros da OTAN que operam sozinhos nessa área são constantemente seguidos por navios russos, e em geral, essas interações são seguras e profissionais, embora se destinem a intimidar", afirmou Burke em um evento comemorativo da Marinha dos EUA, relata portal Business Insider.
Forças russas e da OTAN operam frequentemente em estreita proximidade. A Rússia relata regularmente interceptações de aeronaves da Aliança Atlântica perto de suas fronteiras.
"Quando um avião de ataque sobrevoa um destróier a 100 pés de altitude [cerca de 30 metros] mesmo por cima, nossos [oficiais de comando] fazem uma avaliação se o caça está em um perfil de ataque ou não. Poderíamos pensar que eles estão nos atraindo para atirar primeiro. Nós não faríamos isso sem provocação, mas também não vou pedir aos meus comandantes para levarem o primeiro tiro no queixo", disse o almirante dos EUA.
Burke observou ainda que a Rússia tem modernizado significativamente suas Forças Armadas, especialmente os submarinos, obtendo informações úteis das guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
No final de junho, as forças da OTAN realizaram várias provocações ao largo da costa da Crimeia. Em 23 de junho, o destróier britânico Defender atravessou a fronteira marítima russa perto da península.
Na ocasião, um navio da guarda fronteiriça russa emitiu vários avisos e depois disparou tiros de advertência, enquanto um avião Su-24M realizou um bombardeio de advertência no sentido do percurso do navio.